Diversidade é um assunto que precisa estar cada vez mais em pauta — até que essa palavra se transforme em atitudes disseminadas dentro das empresas. No entanto, para que isso aconteça, é fundamental que a organização assuma a responsabilidade que tem na promoção da diversidade no ambiente de trabalho.
Se o seu negócio ainda não tem nenhuma iniciativa nesse sentido, está na hora de começar a implementar algumas agora mesmo. Então, para facilitar a sua jornada, separamos algumas dicas ideais para começar. Quer conferir? Continue a leitura e aproveite!
1. Vagas afirmativas, sim!
As vagas afirmativas são aquelas reservadas exclusivamente para tornar a diversidade algo mais acessível dentro da empresa. Seu objetivo é incentivar a contratação de profissionais que são parte de minorias sociais, garantindo que eles tenham oportunidades de integrar o time.
Fazem parte desse grupo:
- pessoas pretas e indígenas;
- pessoas da comunidade LGBTQIAP+;
- pessoas com deficiência (PcD);
- pessoas com mais de 40 anos;
- mulheres.
Então, mesmo que não seja uma obrigação legal da sua empresa contar com colaboradores pertencentes às minorias sociais, comece a integrá-los como parte da sua estratégia de promoção de diversidade e inclusão. Esse primeiro passo, que inicia já no recrutamento e seleção, pode fazer uma grande diferença.
2. Acessibilidade na divulgação
Se você quer captar colaboradores diversos, é preciso estar preparado não só para falar sobre isso, mas também para expressar esse desejo de forma compreensível. Em outras palavras, é fundamental pensar em acessibilidade já na etapa de divulgação da vaga.
Por isso, diversifique os canais pelos quais você vai compartilhar a oportunidade e garanta que todos possam entender a mensagem. Se o trabalho for feito pelas redes sociais, por exemplo, lembre-se de sempre compartilhar os conteúdos em texto e em áudio.
3. Escolhendo os canais certos
Parte da promoção da diversidade diz respeito a estar onde as pessoas certas estão. Você está em busca de quem possa agregar valor ao seu negócio das formas mais diferentes possíveis. Por isso, se quer trazer para a empresa jovens pretos e da comunidade, por exemplo, é até lá que você precisa se deslocar.
Isso também vale para profissionais que contam com alguma deficiência física, como a auditiva e a visual. É fundamental usar canais de divulgação que permitam adaptar a mensagem para que as pessoas tenham acesso de verdade a elas.
4. Estrutura do processo seletivo
Estruturar um processo de seleção desse nível exige pessoas comprometidas com a diversidade. É fundamental que nenhum dos candidatos seja prejudicado por sua condição social, raça, credo, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero ou o que quer que seja.
Além disso, é de suma importância pensar em etapas que incluam a todos, em especial aqueles que apresentam alguma limitação física. É preciso pensar em recursos que se adaptem às principais necessidades, como um recrutador falante de LIBRAS (ou um intérprete), acessibilidade da sala de seleção ou um site otimizado em vários aspectos para cadastro do currículo — incluindo nome social, por exemplo, bem como leitura em voz alta, possibilidade de aumentar ou diminuir letras etc.
5. Lideranças inclusivas
Depois de passado o processo seletivo, os desafios começam a ser outros. Internamente, a promoção da diversidade vai exigir outras adaptações. É preciso criar as condições ideais não só para colocar as minorias na empresa, mas também para fazer com que elas se sintam verdadeiramente incluídas.
Nesse caso, a presença de uma liderança inclusiva faz toda a diferença. O líder inclusivo é aquele que respeita as diversidades, conhece os preconceitos e as suas manifestações, domina a cultura empresarial e tem tato para fazer a gestão entre as pessoas. É fundamental que essa pessoa não subestime a capacidade de nenhum profissional, mas promova as condições ideais para que ele consiga executar suas funções.
6. Cultura organizacional
A cultura organizacional diz respeito às condutas mantidas na empresa, formal ou informalmente. Não basta que a alta diretoria classifique a cultura da empresa como inclusiva se ela passa por frequentes episódios de discriminação e preconceito.
Embora a cultura organizacional não seja totalmente controlável, é importante que existam instrumentos formais que facilitem o dia a dia dos grupos de diversidade. As políticas da empresa são a forma mais contundente para isso. Portanto, é necessário criar políticas de intolerância a qualquer manifestação de preconceito ou discriminação, com programas de diversidade bem-definidos.
7. Grupos de diversidade
Os grupos de diversidade são associações voluntárias que os colaboradores acabam fazendo por afinidade e que podem facilitar muito a integração com os times e a ambientação no espaço de trabalho. Eles podem ser muitos ou reunir várias pessoas com uma condição em comum, por exemplo.
Os mais frequentes entre eles configuram:
- grupos de afinidade cultural, étnica e racial — que reúnem negros, imigrantes, falantes de línguas específicas, indígenas, religiosos etc.;
- grupos de afinidade sexual, de identidade e de gênero — que agregam pessoas trans, indivíduos não binários e demais pessoas LGBTQIAP+;
- grupos de afinidade social — que agrupa mulheres, pessoas com deficiência, idosos, mães, pais etc.
Como você pode deduzir, todos esses profissionais podem proporcionar à empresa uma vasta diversidade cognitiva. Cada indivíduo, com a sua visão ímpar da vida, experiências únicas e vivências que o tornaram o ser humano que é hoje, pode ser enriquecedor — tanto para o convívio do grupo quanto para o desenvolvimento de soluções e estratégias para o negócio.
Uma empresa que se fecha para a diversidade abre mão de se transformar em um centro de inovação, acolhimento e transformação no seu nicho de atuação e também na comunidade. E é por isso que tanto se fala em chamar, acolher e incluir esses valiosos profissionais para integrar as equipes.
Uma consequência indireta desse processo de promoção da diversidade é que a empresa acaba percebendo melhorias significativas na percepção sobre a sua marca pelo mercado e o fortalecimento da sua employee branding.
A promoção da diversidade permite trabalhar com equipes mais tolerantes, mais humanas e mais criativas. Além disso, você conta com times menos conflituosos e mais propensos a colaborarem entre si, aprendendo de forma contínua uns com os outros. Isso enriquece até mesmo o capital intelectual da marca.
Se você ainda está inseguro sobre como dar os primeiros passos nesse sentido, aproveite e veja 7 dicas práticas para recrutar com diversidade!