Quais habilidades compõem esse profissional e qual seu papel em uma organização? Descubra!
A pauta de diversidade e inclusão está cada vez mais presente nas organizações. A fim de que as ações voltadas para essa finalidade não sejam aleatórias, é essencial contar com um profissional que tenha experiência e expertise no assunto. Mas, afinal, quais características compõem um especialista em diversidade?
Conforme cresce a necessidade de incluir pessoas de diferentes etnias, corpos e culturas nas empresas, aumenta a relevância de alguém que atue diretamente nessa frente. Desse modo, trata-se de um profissional que está em evidência, com ótimas oportunidades de atuação no mercado.
Vamos entender mais sobre ele? Continue a leitura!
O que faz um especialista em diversidade e inclusão?
Segundo um levantamento feito pela consultoria estadunidense McKinsey, empresas que investem em diversidade têm maior probabilidade de obter retornos financeiros acima da média, bem como colaboradores e clientes mais satisfeitos. Essa não é a única pesquisa que comprova o poder da inclusão para melhorar os resultados de um negócio.
Não podemos negar que essa vantagem é relevante para chamar atenção dos gestores e, com isso, fazer com que esses temas ganhem os holofotes e virem alvo de investimentos. Para as pessoas — ou candidatos —, isso é sinônimo de oportunidade, portas abertas, chances de crescer profissionalmente. Assim, os dois lados saem ganhando!
Contudo, sem um norte preciso, as organizações podem desenvolver estratégias infrutíferas ou inconsistentes. Sem um programa eficiente, isto é, com objetivos, ações e responsáveis definidos, é impossível funcionar. Nesse contexto, é primordial contar com um especialista em diversidade e inclusão ou gestor de D&I.
Trata-se de uma carreira relativamente nova. Nos últimos anos, essa pauta ganhou uma notoriedade jamais vista. As minorias estão conquistando cada vez mais espaço, inclusive, nos ambientes de trabalho. Assim, além de fazer com que a lei seja cumprida (como a Lei de Cotas, que defende a contratação de pessoas com deficiência), esse profissional deve:
- trabalhar em parceria com o time de recrutamento e seleção para tornar os processos mais inclusivos;
- liderar as ações do Programa de Diversidade e Inclusão;
- acompanhar os novos contratados na experiência de onboarding;
- organizar treinamentos e demais ações associadas ao tema.
Em geral, a vaga se concentra na área de gestão de pessoas. É com os profissionais desse time que o especialista em diversidade vai ter mais autonomia para se envolver nos processos de seleção, desenvolvimento e até desligamento de pessoal. Como não há uma formação específica, esse funcionário costuma ser graduado em Psicologia, RH ou cursos relacionados.
Por que é importante contar com esse profissional?
Por se tratar de um tema relativamente recente, nem toda empresa conta com uma política de D&I definida. Fora isso, são muitas as que se preocupam com o assunto na teoria, mas na prática, não sabem como executar. Foi o que comprovou uma pesquisa feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2021.
Assim, é latente a necessidade de contar com um profissional específico para pensar nesses públicos. O especialista planeja ações voltadas para que sejam, de fato, inclusivas, e que o objetivo seja cumprido: que a diversidade faça parte da cultura organizacional e essas pessoas se sintam acolhidas e respeitadas em seu ambiente de trabalho.
Sabemos que isso, no entanto, não é função exclusiva do especialista em diversidade. As lideranças têm um papel relevante no levantamento dessa bandeira, afinal, funcionam como ponte entre a alta gestão e os liderados. Desse modo, o especialista deve ter um relacionamento próximo dessas pessoas, formando uma parceria para promover os ideais de diversidade no ambiente corporativo.
Quais são as habilidades necessárias para atuar nessa área?
Em termos de hard skills, ou seja, as habilidades técnicas, a formação acadêmica do especialista deve ser, de preferência, voltada para gestão de pessoas, em Recursos Humanos, Psicologia ou até Pedagogia. Algumas instituições já oferecem cursos de pós-graduação em temas relacionados a diversidade.
Essa é uma ótima sugestão para quem deseja ingressar nessa área em ascensão. Gestão de projetos também é uma boa ideia para incrementar esse perfil. Já em termos de soft skills, isto é, as competências comportamentais, é importante selecionar alguém que tenha as características que você verá, a seguir.
Bom relacionamento interpessoal
Esse profissional vai passar a maior parte do seu tempo pensando em estratégias e desenvolvendo ações para outras pessoas, lidando com elas, dialogando e ministrando treinamentos. Portanto, é indispensável que tenha uma boa oratória e um bom relacionamento interpessoal. Isso passa credibilidade e profissionalismo.
Dinamismo
O poder da diversidade mora, justamente, na pluralidade, então, o especialista por trás dos programas tem que ser dinâmico. Seu dia a dia vai exigir que ele sempre busque novas ferramentas e se adeque às tendências que o mercado está pontuando. Para fazer o que faz, vai ter que ser criativo!
Visão sistêmica
A habilidade de visão sistêmica é aquela que considera o todo. No âmbito profissional, um funcionário assim analisa ponto a ponto antes de tomar decisões, sem comprometer o tempo.
Em uma rotina dinâmica, isso é essencial para não se perder no que precisa ser feito. A visão sistêmica permite que se leve em conta o máximo de informações, priorizando aquela que mais vai beneficiar os envolvidos.
Compromisso com a causa
Trabalhar com temas tão sensíveis demanda empatia. Sendo o especialista um dos principais porta-vozes dentro da empresa — inclusive, trabalhando em parceria com a assessoria de imprensa —, ele tem que entender as causas que estão por trás, demonstrando propriedade (mas humildade, ao mesmo tempo) para lidar com os outros colaboradores.
Como especialista em diversidade e inclusão, ele também deve ficar à frente de fóruns de discussão cuja finalidade seja esclarecer e conscientizar os funcionários e as lideranças. Vale lembrar que, quanto mais relevância a empresa der ao assunto, mais chances de seus programas e iniciativas serem bem-sucedidas.
Ações e estratégias que não saem do papel não alcançam resultados promissores. A principal missão de um especialista em diversidade e inclusão é garantir essa funcionalidade, que a organização, de fato, leve a sério sua responsabilidade social quanto à contratação e ao acolhimento de pessoas, em toda a sua diversidade.
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