Promover um ambiente de trabalho diverso em termos de idade é imprescindível para fortalecer a cultura organizacional das empresas, visto que a interação entre diferentes gerações pode contribuir para a inovação e para a resolução criativa de problemas. Diante disso, combater o etarismo é uma importante iniciativa para possibilitar a inclusão adequada dos profissionais maduros nas corporações.
Embora ainda haja certa resistência em relação à contratação de pessoas mais velhas, esse cenário vem mudando nos últimos anos. Segundo a pesquisa sobre etarismo feita pela Catho, 48% dos gestores acreditam que o mercado está em evolução para o público acima dos 50 anos de idade.
Quer oferecer um ambiente mais inclusivo para essa comunidade? Neste post, vamos abordar as principais práticas para combater o preconceito com colaboradores mais experientes. Confira!
O que é etarismo?
O etarismo consiste na discriminação baseada na idade, que costuma ser direcionada para pessoas mais velhas, subestimando as suas habilidades e as suas experiências. No ambiente de trabalho, isso pode se manifestar de diferentes formas, tais como:
- preferência pela contratação de talentos jovens;
- exclusão de profissionais mais velhos por funcionários mais novos;
- limitação do acesso às oportunidades de treinamento e de desenvolvimento para colaboradores mais velhos;
- normalização de atitudes e de comentários que insinuam que a idade é uma desvantagem.
Em organizações onde o etarismo não é combatido, é comum que talentos mais velhos sejam constantemente “passados para trás” em promoções, mesmo tendo um desempenho superior, por exemplo. Normalmente, isso acontece simplesmente porque os gestores presumem que um colaborador jovem tem mais ‘’energia’’ ou capacidade de inovação para assumir o cargo.
Também é recorrente o envio de profissionais mais jovens para conferências e workshops, com a justificativa de que os colaboradores maduros não estão interessados e/ou não são tão capazes de aprender coisas novas. Reconhecer esse problema é o primeiro passo para criar uma cultura inclusiva e respeitosa, na qual as pessoas, independentemente da idade, se sintam valorizadas e motivadas a contribuir com o seu melhor.
Como o mercado de trabalho enxerga os profissionais mais velhos?
As pessoas com mais de 50 anos têm diversas qualidades que podem colaborar para o sucesso das organizações. Segundo a pesquisa da Catho, elas são reconhecidas por sua experiência, pela ética, pela resiliência e pela flexibilidade, qualidades que podem desde melhorar os processos de tomada de decisão até facilitar o enfrentamento de desafios complexos na área de atuação da companhia.
Conforme mencionamos inicialmente, o setor laboral tem se mostrado mais aberto para a contratação de profissionais mais experientes, tendo em vista que 48% dos gestores apontam que o mercado está em evolução para esse público.
Aqueles que têm graduação também têm mais chances de contratação, pois 68% dos setores de Recursos Humanos revelam que esse é um dos diferenciais para a seleção de trabalhadores 50+. Entre os que já estão empregados, a maioria ocupa cargos de alta posição de gestão, como supervisão e direção, o que ressalta a importância da experiência acumulada ao longo dos anos.
Uma das maiores preocupações das empresas ao empregar indivíduos maduros é a convivência com os profissionais jovens, como a Geração Z, por exemplo. Contudo, essa ideia também está mudando, uma vez que 32% das organizações acreditam que há uma convivência saudável entre esses dois grupos de colaboradores.
Inclusive, 20% delas veem um avanço positivo na interação entre os talentos jovens e os mais velhos. Isso impulsiona um espaço de trabalho colaborativo e enriquecedor para todos.
Como combater o etarismo no ambiente de trabalho?
Apenas contratar profissionais mais experientes não é o suficiente para combater o preconceito por idade nas empresas. Isso porque é necessário implementar um conjunto de medidas que promovam o acolhimento desses funcionários. Veja, abaixo, as melhores práticas para combater o etarismo no trabalho.
Promova a diversidade etária
Já parou para analisar qual é a faixa etária dos seus colaboradores? Valorizar a diversidade de idades nas empresas é fundamental para um ambiente realmente inclusivo.
Para tanto, é recomendado reconhecer e prezar pelas diferentes experiências, habilidades e perspectivas que cada geração traz para a equipe. Além disso, claro, incentive a convivência e a troca de conhecimentos entre as gerações diversas na companhia.
Revise as políticas e as práticas de RH
O ideal é que as políticas e as práticas de RH garantam a integração e a não discriminação de talentos com base na idade em processos de recrutamento, seleção, promoção e demissão, tornando-os mais justos para todos. Sendo assim, invista em diretrizes que incentivem a diversidade etária e evitem preconceitos em toda a jornada do empregado.
Comece definindo métodos de avaliação de candidatos pautados em suas habilidades e qualificações, alinhando-os às necessidades específicas de cada cargo. Também é preciso criar programas de desenvolvimento acessíveis e adaptados para atender aos diferentes estilos de aprendizagem de todas as gerações e manter a transparência em promoções, assegurando a igualdade de oportunidades de crescimento entre os colaboradores.
Implemente programas de treinamento e sensibilização
A educação do público interno sobre etarismo também é indispensável para o acolhimento, o respeito e a valorização de profissionais maduros nas organizações. A medida evita situações de discriminação, mesmo que inconscientes, e problemas de convivência entre as gerações.
Você pode treiná-lo a partir da distribuição de materiais educativos e da disponibilização de workshops e palestras que destaquem a importância da diversidade etária e que promovam o entendimento da relevância de cada geração para a empresa.
Ofereça mentoria intergeracional
A mentoria intergeracional é uma prática que reúne profissionais de diversas idades, engajando-os no aprendizado mútuo sobre novas perspectivas e habilidades contemporâneas e tradicionais desejadas para uma equipe bem-sucedida.
Durante essa mentoria, os gestores mais experientes podem compartilhar as suas vivências, como gestão de crises, tomadas de decisão estratégica e expertise técnica. Em paralelo, os profissionais mais jovens podem contribuir com os seus conhecimentos sobre novas tecnologias, tendências de mercado e métodos de trabalho atualizados, por exemplo.
Crie um ambiente flexível para todas as gerações
No dia a dia, o ambiente de trabalho deve ser flexível e adaptado às necessidades e às preferências de todas as faixas etárias. A iniciativa envolve oferecer opções de trabalho remoto, horários variáveis e programas de aposentadoria gradual.
Com isso, todos os colaboradores se sentirão valorizados pela empresa, o que impacta positivamente a sua motivação e, consequentemente, o seu desempenho nas atividades e na convivência com os colegas.
Monitore as práticas de combate ao etarismo
Por fim, monitore periodicamente os resultados gerados pelas práticas de combate ao etarismo implementadas na empresa. O intuito é identificar metas alcançadas e eventuais oportunidades de melhoria.
Tenha em mente que esse trabalho é algo contínuo, exigindo a conscientização constante de todos os núcleos de colaboradores, incluindo desde a alta direção até os funcionários de base. Isso promove a sustentabilidade e a eficácia das iniciativas antietarismo.
Os profissionais mais experientes podem e devem contribuir para o êxito das organizações. Para que isso ocorra, é necessário que eles contem com um ambiente de trabalho que os acolha, respeite e estimule a sua participação ativa, reconhecendo a sua experiência como um recurso valioso para inspirar novas gerações.
O combate ao etarismo proporciona um espaço mais agradável e respeitoso, condição que colabora para uma cultura organizacional mais saudável, diversificada e produtiva. Afinal, o foco estará na união de esforços e de conhecimentos, não na segregação por idade.
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