A diversidade geracional no ambiente de trabalho é uma pauta muito relevante na área de gestão de pessoas. Afinal, saber lidar com as diferentes faixas etárias na equipe faz parte das missões de uma empresa que visa estabelecer uma cultura inclusiva e colaborativa.
A participação de pessoas de diferentes gerações em um ambiente de trabalho é enriquecedora. Isso porque ela une diversas perspectivas, habilidades, experiências e valores valiosos para a empresa, que podem se complementar e gerar resultados integrados.
Neste artigo, confira algumas dicas para lidar com diferentes faixas etárias na empresa e saiba qual é o papel do gestor de Recursos Humanos ao investir em diversidade de idades no ambiente de trabalho!
Compreendendo as gerações
Um dos primeiros passos para a promoção da diversidade de gerações dentro de uma organização é a compreensão das características de cada faixa etária. Afinal, existem questões culturais, sociais, de valores e ideias. Por esse motivo, saber como identificar cada geração faz toda a diferença.
Para isso, conheça melhor as principais características dos Baby Boomers, Geração X, Millennials e Geração Z e saiba como identificar melhor as suas necessidades, valores e estilos de trabalho.
Baby Boomers
Os Baby Boomers são a geração nascida entre os anos de 1940 e 1960. Sendo assim, eles viveram em um contexto muito próximo ao fim da Segunda Guerra Mundial, em que o mercado e a sociedade, como um todo, apresentava momentos de mudanças.
A ditadura militar e a primeira ida do homem à lua foram eventos vistos por pessoas dessas gerações. Por terem nascido em um período de reconstrução social, elas valorizam o trabalho ao máximo, com uma postura de competitividade. Por esse motivo, aspectos de colaboração, liderança inspiradora e competências digitais precisam ser reforçados com essa faixa etária.
Geração X
Considerados os filhos dos Baby Boomers, as pessoas que nasceram entre 1960 e 1980 estão dentro da Geração X. Esse foi um intervalo marcado por revoluções sociais, novas dinâmicas entre as pessoas, aumento da presença feminina no mercado de trabalho e surgimento de tecnologias mais acessíveis.
Logo, a Geração X tende a compartilhar as características de busca por estabilidade profissional e valorização da carreira dos Baby Boomers. No entanto, ela está mais presente no mercado de trabalho em relação à geração anterior, uma vez que nem todos ainda chegaram à aposentadoria.
No geral, as pessoas dessa geração tendem a ser profissionais mais flexíveis para lidar com imprevisibilidades. Apesar disso, uma liderança mais empática e com mais proximidade dos demais profissionais pode ser um desafio a ser superado pela Geração X.
Millennials
Os famosos Millennials, conhecidos também como Geração Y, nascidos entre 1980 e 1995, marcam uma forte presença no mercado. Mais inseridos na cultura de transformação digital, eles sabem lidar melhor com a conciliação de tarefas múltiplas e entendem a importância da comunicação, principalmente por meios remotos e instantâneos.
Os Millennials costumam apresentar características mais proativas e visam resultados de curto a médio prazo. Desse modo, eles gostam de contar com um plano de carreira e possibilidade de crescimento dentro de uma empresa.
Mais dinâmicos e flexíveis, os profissionais dessa geração são proativos. Em compensação, aprender a atuar com trabalho em equipe, tal como lidar com burocracias, são características que precisam ser trabalhadas por esses colaboradores, principalmente no modelo remoto.
Geração Z
Os profissionais nascidos na Geração Z, entre 1995 e 2010, estão se inserindo no mercado de trabalho. Conhecidos por estarem em contato com o meio digital, uma vez que a tecnologia e a internet fazem parte de sua rotina desde a infância e a pré-adolescência, eles têm muita afinidade com inovação e criatividade.
No entanto, as pessoas da Geração Z tendem a ser mais críticas e criteriosas para permanecerem em um ambiente de trabalho, ainda mais que os Millennials. Modelos de gestão horizontais, flexibilidade no trabalho, autonomia para montar os próprios horários e benefícios profissionais são indispensáveis para esse público.
Ao mesmo tempo, esses profissionais são dedicados e valorizam a comunicação no meio organizacional. Desse modo, os desafios dos gestores, com a Geração Z, seria estabelecer uma cultura corporativa e um clima satisfatório no ambiente de trabalho, a fim de promover a retenção de talentos.
Promovendo a colaboração
Estabelecer uma cultura colaborativa, como um todo, trará benefícios no que diz respeito à diversidade geracional. Isso porque, ao longo da rotina de trabalho, os colaboradores aprendem a oferecer apoio mútuo conforme as dúvidas e demandas que surgem na equipe.
Com um ambiente organizacional que valoriza e incentiva a troca de conhecimentos e habilidades entre membros de diferentes faixas etárias, é possível também promover uma cultura de aprendizado contínuo. Por consequência, cada profissional pode se sentir mais valorizado, de acordo com as competências que ele pode oferecer para colaborar para o meio, assim como preparado para arcar com as responsabilidades.
Reconhecendo e valorizando as diferenças
No programa de integração dos colaboradores, não é necessário ignorar as diferenças entre as faixas etárias na empresa. Na realidade, reconhecê-las e reforçar o quanto agregam valor para o ambiente de trabalho é um passo importante para promover a colaboração e a diversidade.
Na cultura corporativa, podem ter palestras, informativos, workshops e direcionamentos que apontam a importância da valorização das diferenças. Dessa forma, é possível promover a inclusão de idosos nas empresas, diversidade funcional, equidade racial e de gênero, além de outras pautas importantes.
Mentoria reversa
A mentoria reversa é o processo no qual os profissionais mais novos, em termos de experiência ou cargos, fazem orientações aos colaboradores mais experientes ou que ocupam posições hierarquicamente mais elevadas. Com isso, é possível ter uma troca íntegra e eficiente.
Por exemplo, profissionais mais jovens, que apresentam afinidade com tecnologias e sistemas de automação, podem ajudar os mais experientes a utilizarem esses softwares nas tarefas da rotina. Com isso, a empresa pode implementar políticas inovadoras e colaborativas.
Flexibilidade e adaptação
É preciso também deixar o ambiente de trabalho mais flexível para que haja a adaptação de cada membro da equipe, conforme as suas características etárias, culturais, profissionais etc.
Oferecer um meio que promova a autonomia, liberdade, comunicação eficiente e jornada de trabalho justa favorece o bem-estar e a afinidade dos colaboradores com a empresa. Por consequência, eles podem estar mais abertos para participar ativamente de discussões e implementações em torno de temas de inclusão e diversidade.
Resolução de conflitos intergeracionais
A gestão de conflitos também faz parte dos processos de criação de um clima organizacional positivo. Desentendimentos e divergências entre pessoas de diferentes gerações podem ocorrer, mas a política da empresa deve estar pronta para lidar com esse tipo de situação.
A promoção da diversidade LGBTQIAP+, racial, de gênero, etária e de pessoas com deficiência (PcD) é um excelente começo para abordar esses temas e apresentar a importância da valorização das diferenças. Junto a isso, é fundamental contar com uma comunicação não violenta para solucionar os conflitos e educar os profissionais.
Como vimos, a diversidade geracional é uma consequência de um ambiente de trabalho diverso. Lidar de forma eficaz com as diferenças de idade envolve compreensão, respeito, assim como estratégias para fortalecer a coesão da equipe e impulsionar a inovação. Com isso, é possível promover uma cultura organizacional harmoniosa e produtiva para todas as faixas etárias.
Gostou do assunto? Então aprofunde-se no tema ao saber mais sobre diversidade corporativa!