Saiba quais são os principais impactos da fuga de talentos e como reverter a situação, na prática!
A fuga de talentos sempre esteve presente na realidade brasileira. Seduzidos por salários atraentes, melhores condições de trabalho e possibilidade de aprimoramento, muitos colaboradores migram para outras vagas em busca da tão sonhada realização profissional.
Em geral, essa fuga tem a sua origem na cultura do país e, em grande parte, na desmotivação com o mercado de trabalho. Além disso, as pessoas podem ser motivadas por melhores oportunidades e vagas promissoras em empresas concorrentes.
Mesmo com ideais além da realidade trabalhista do Brasil, as empresas podem desenvolver estratégias eficientes de retenção de talentos. Confira, a seguir, quais são as ações mais recomendadas para evitar a perda de bons profissionais!
O que é fuga de talentos?
A fuga de talentos é uma situação que ocorre quando os profissionais se sentem saturados ou limitados, e buscam por uma nova oportunidade em outra companhia. O objetivo, com isso, é encontrar ambientes corporativos mais atrativos, além de melhor remuneração.
Mesmo que boa parte das empresas invistam em estratégias para reter talentos, a realidade é que os profissionais têm demandado mudanças contínuas e permanentes, em geral, visando ao maior bem-estar e sucesso na carreira. Um dos fatores que mais contribuem para o quadro de afastamento, por exemplo, é a busca pelo trabalho remoto.
Sem dúvidas, o modelo híbrido é uma tendência que veio para ficar. Portanto, as organizações devem buscar ter mais flexibilidade e condições para atender a tal demanda.
Para evitar que a fuga de talentos se torne, de fato, um problema significativo e que afete a lucratividade da empresa, é preciso definir estratégias efetivas. O primeiro passo é atender às necessidades dos colaboradores e fazer com que eles se sintam bem nos cargos que ocupam.
Por que as empresas perdem talentos?
Boa parte da mão de obra perdida em uma companhia está relacionada à gestão ineficiente e a ambientes de trabalho desmotivadores. Além disso, a maioria dos profissionais qualificados buscam por condições e remunerações mais justas, que realmente atendam ao seu nível de expertise.
Muitos colaboradores também abandonam voluntariamente os seus cargos devido a oportunidades de desenvolvimento mais promissoras no mercado de trabalho. Até as carreiras mais tradicionais têm sido abandonadas, justamente, por conta do desejo de ter mais flexibilidade e qualidade de vida.
Assim, quando a gestão corporativa não incentiva equipes multidisciplinares, não oferece salários compatíveis e programas de benefícios e não conta com inclusão da diversidade nos processos de recrutamento, as chances de afastamento de bons talentos aumenta de forma significativa.
Para evitar esse tipo de situação, é necessário que a liderança do negócio invista na gestão de pessoas e tenha uma atenção especial com os funcionários. Muitas vezes, os gestores utilizam uma abordagem única, sem considerar as características e o perfil de cada profissional.
Com isso, as companhias podem enfrentar a perda de recurso humano qualificado, já que a concorrência por mão de obra especializada, em praticamente todas as áreas, é alta. Assim, é interessante focar algumas ações, como construir ambientes de trabalho humanizados e acolhedores, realizar atividades de aperfeiçoamento pessoal, dar mais autonomia e oferecer possibilidades de crescimento aos talentos.
Quais são os impactos da perda de talentos?
Todo bom líder sabe que os colaboradores representam o que existe de mais precioso em uma organização. Os profissionais são responsáveis pelo andamento das atividades corporativas, pela comunicação interna e externa com o público, e pelo sucesso do empreendimento como um todo.
Em um mercado de trabalho tão acirrado e competitivo, as empresas que contam com equipes de alta performance conseguem se destacar com mais facilidade. No entanto, a retenção de talentos ainda é um grande desafio, sobretudo, para as companhias que ainda mantêm padrões de trabalho mais tradicionais.
Sem inovação e modernização dos ambientes corporativos, dificilmente um negócio consegue se destacar e se tornar atrativo para os melhores e mais qualificados profissionais. A perda de talentos, por exemplo, é uma situação que pode precarizar diretamente a prestação de serviço.
A alta rotatividade de pessoal prejudica o desempenho da organização, aumenta os custos com processos seletivos e treinamentos, favorece a queda de produtividade e ainda pode gerar outros inúmeros impactos. Com um time desestruturado, portanto, os melhores funcionários tendem a se movimentar para deixar a empresa e buscar por oportunidades mais alinhadas às suas expectativas.
Geralmente, esse tipo de contexto é evitado quando ocorre a valorização das habilidades e competências das pessoas. É importante que a gestão de RH atue para criar um clima organizacional mais tranquilo e motivador, justamente, para ter mais chances de gerar bem-estar entre a equipe.
Como evitar a fuga de talentos?
Como vimos, a fuga de talentos é uma situação que pode precarizar o ambiente corporativo como um todo. Boa parte dos profissionais que pedem demissão não se sentem valorizados, fazendo com que a busca por vagas mais promissoras se torne uma verdadeira prioridade.
Para impedir que ocorra um alto fluxo de saída de talentos, felizmente, as empresas podem tomar algumas decisões e influenciar positivamente a produtividade e o ânimo dos funcionários. Veja, a seguir, algumas dicas nesse sentido!
Investir em intraempreendedorismo
Empresas que apostam no empreendedorismo interno estão mais aptas a inovar e a crescer em conjunto com os seus profissionais. Tais companhias, que acreditam no projeto dos seus colaboradores, são bem vistas pelo mercado e acabam atraindo outros talentos que almejam respaldo para inovar e que gostam de desafios.
Isso porque o conceito de intraempreendedorismo defende a criatividade e a diversidade, duas qualidades bastante valorizadas no momento de desenvolver novos produtos, serviços e processos. Essa oportunidade acaba chamando a atenção dos profissionais que contam com fortes habilidades empreendedoras.
Oferecer programa de benefícios
Comprovadamente, quando há uma série de benefícios diversos — como flexibilização da jornada de trabalho, vale-cultura, bom plano de saúde e bônus salarial por conquistas —, a empresa se torna mais atraente. Além disso, ela faz com que o profissional pense duas vezes antes de trocá-la por outra oportunidade.
Em geral, um programa de benefícios funciona de maneira planejada e, por isso mesmo, proporciona diversos planos que auxiliam os funcionários a melhorar a qualidade de vida. Antes de oferecê-los, porém, a gestão de RH precisa estar atenta ao perfil da equipe e adequar as vantagens às demandas do colaboradores.
Incentivar plano de carreira
Ao se propor a entrar em um cargo, o profissional precisa ter uma projeção clara da carreira dele. Até onde ele pode chegar naquela organização? Em quanto tempo ele pode evoluir para cada etapa seguinte? Como são os processos de avaliação e promoção internas? Essas questões permitem uma projeção profissional que estimula o novo colaborador a se manter na empresa.
Ter esse tipo de perspectiva é fundamental para o desenvolvimento dos funcionários em seus respectivos cargos. Com expectativas claras e alcançáveis, inclusive, a própria empresa pode se tornar mais produtiva, até porque, o maior ativo de um negócio são os recursos humanos.
Aperfeiçoar o ambiente de trabalho
Composto de dois aspectos, o relacionamento interpessoal e a infraestrutura, o ambiente de trabalho é um dos pilares para a retenção de profissionais e a redução ou, até mesmo, a eliminação da fuga de talentos para a concorrência.
Por isso, é importante estimular a cultura do feedback, facilitando a comunicação entre os colegas e entre as diversas hierarquias da empresa. Além disso, procure oferecer um espaço de trabalho adequado, com áreas de convívio e locais de descanso, por exemplo.
Criar um plano de retenção de talentos
Outra dica é estimular as equipes a se empenharem e não inibir os colaboradores no momento de levarem inovações à diretoria da empresa. Para acabar de vez com a fuga de talentos, é preciso investir e ser melhor do que a gestão das concorrentes.
A melhor maneira para alcançar tal objetivo é desenvolver um plano de retenção de talentos por meio de investimentos internos e do reconhecimento do potencial dos seus colaboradores. Até porque as pessoas gostam de ser desafiadas e reconhecidas, e costumam mostrar mais do seu potencial quando são estimuladas a isso.
Priorizar o uso da tecnologia
Todo mundo sabe a importância da tecnologia para ter mais comodidade e praticidade na hora de executar as tarefas, concorda? Para ser atrativo, o ideal é que o ambiente corporativo ofereça recursos de ponta, que facilitam o trabalho e a rotina da equipe.
Nada mais desmotivador do que um escritório ultrapassado, sem ferramentas que tornam as atividades mais simples e desburocratizadas. A indicação, nesse caso, é investir em fornecedores reconhecidos e de qualidade, que podem apontar os melhores sistemas e softwares para as necessidades do negócio.
Proporcionar mais flexibilidade
Existem muitas pessoas que estão atrás de vagas em horários mais flexíveis ou que permitam a atuação remota. Para além de benefícios e salários atrativos, também é interessante que a gestão de RH crie estratégias para manter os colaboradores mais à vontade para prestar serviços.
É bastante comum, por exemplo, encontrar profissionais que abandonaram ótimos cargos, justamente, pela possibilidade de trabalhar de maneira híbrida, sem muita rigidez em relação a horários ou tempo de dedicação.
A fuga de talentos é uma realidade que pode trazer muitos prejuízos para um empreendimento. Felizmente, existem formas eficientes de fornecer melhores condições aos colaboradores, permitindo que se sintam realmente valorizados e engajados em suas carreiras.
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