A alta rotatividade é um dos grandes temores das organizações, não só pelos custos envolvidos nesse processo, mas também pela possibilidade de perda de grandes talentos. Nesse sentido, é fundamental entender por que bons funcionários pedem demissão, o que permite identificar e corrigir falhas que estejam os levando a tomar essa decisão.
A pesquisa global ‘’Millennials & Gen Z 2022’’, feita pela Deloitte, abordou o que as gerações Millennials (nascidos entre 1980 e início de 1990) e Geração Z (nascidos de 1995 a 2010) pensam sobre o mercado de trabalho. O estudo mostrou que ambas as gerações dificilmente ficam em uma empresa que não as valoriza, o que ficou conhecido como o fenômeno da grande renúncia.
Se antes os profissionais consideravam apenas um bom salário para permanecer no emprego, agora também buscam equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, valorização e oportunidades de desenvolvimento. Uma vez que essas duas gerações devem ser maioria no mercado nos próximos anos, é imprescindível que as empresas aprendam a lidar com os novos talentos.
Quer saber mais sobre esse assunto? Neste post, vamos mostrar as principais razões pelas quais bons profissionais pedem demissão. Confira!
1. Salários insatisfatórios
Embora não seja mais o único fator que contribui para o pedido de demissão de bons colaboradores, a insatisfação com salários baixos ainda é um quesito importante para que eles decidam sair de uma companhia.
Com o aumento do custo de vida dos últimos anos, cada vez mais os profissionais buscam trabalhar para empresas que ofereçam remunerações condizentes com as suas necessidades financeiras. Dessa forma, eles podem garantir a sua qualidade de vida e a de seus familiares.
Assim, é imprescindível que as organizações tenham salários compatíveis com o cargo exercido pelo colaborador e os valores praticados no mercado de trabalho. É importante, ainda, oferecer benefícios que complementem a remuneração financeira e que realmente sejam úteis para o trabalhador.
2. Lideranças ruins
A figura do chefe carrancudo, que só sabe fazer cobranças e não está aberto ao diálogo, está ficando para trás. As empresas atuais buscam gestores que atuem como verdadeiros líderes, que enxerguem e se importem com o lado profissional e pessoal de seus colaboradores.
Bons líderes sabem a hora certa de desafiar os membros da sua equipe, demonstram empatia, dão feedbacks e compartilham o sucesso. Já líderes ruins falam muito e ouvem pouco, não assumem os próprios erros, acham que sabem tudo, assumem o sucesso de projetos sozinhos, fazem promessas que não cumprem e tratam a sua equipe mal.
Conviver com uma liderança ruim é extremamente desgastante para os colaboradores, o que leva bons funcionários e pedir demissão. Uma das principais medidas para construir lideranças bem-sucedidas é investir no treinamento e desenvolvimento dos profissionais que ocupam cargos de gestão.
Isso permite que desenvolvam a capacidade de comunicação, o senso de equipe e o bom relacionamento interpessoal. Dessa forma, aprendem a reagir a imprevistos e conflitos.
3. Clima organizacional ruim
O ambiente de trabalho deve ser acolhedor, produtivo, benéfico e alegre para todos. No entanto, nem sempre é assim. Inclusive, há locais de trabalho nos quais ocorrem abusos, assédio sexual e moral, além de discriminações, o que impacta negativamente o clima organizacional e resulta no pedido de demissão de muitos talentos.
Com base nisso, toda empresa deve conhecer qual é o seu clima organizacional e adotar ações para melhorá-lo constantemente. Isso pode ser feito a partir de uma pesquisa de clima, que possibilita um diagnóstico completo do ambiente de trabalho, mostrando onde estão os acertos e erros a serem corrigidos.
Outro ponto crucial é saber ouvir o que os colaboradores têm para dizer. Os líderes devem estar dispostos a refletir sobre as queixas do seu time e implementar melhorias significativas, a fim de criar um ambiente mais feliz e, consequentemente, produtivo.
4. Ambiente de trabalho tóxico
No dia a dia da empresa, podem surgir conflitos entre os próprios colaboradores ou entre os profissionais e líderes, sendo necessário resolvê-los o quanto antes. Quando um impasse não é resolvido, a tendência é que ganhe força e afete as relações interpessoais, bem como os resultados individuais e coletivos.
Em se tratando de conflitos que envolvem os superiores, há que se ter ainda mais atenção. Afinal, isso é um indicativo de que a liderança possa estar atuando de forma tóxica, como quando privilegia alguns colaboradores em detrimento de outros.
A solução mais adequada para lidar com um ambiente tóxico é entender quais são as questões que são alvos de reclamações e solucioná-las. É preciso levar em consideração as necessidades dos profissionais, sempre de forma justa para o interesse coletivo.
Fornecer treinamentos e mentorias também é uma ótima opção para estimular os colaboradores a utilizarem o diálogo como melhor forma de resolver conflitos e lidar bem com a diversidade de modo geral.
5. Falta de flexibilidade
A tecnologia e as mudanças no comportamento dos novos profissionais colaboraram para a construção de um ambiente de trabalho mais flexível. Porém, muitas organizações ainda mantêm uma postura engessada, com políticas que acabam limitando a atuação e o crescimento de seus colaboradores, tornando-se uma motivação para se desligar da empresa.
Insistir em proibir o acesso ao e-mail pessoal ou o uso de celular enquanto o colaborador está na empresa, ou não oferecer horários flexíveis, são decisões defasadas e que podem afastar os seus talentos.
É importante ter em mente que ser uma empresa flexível não significa abrir mão das regras, mas sim, saber se adaptar às circunstâncias. Por isso, é recomendado olhar para o ambiente da companhia, identificar posturas ou modelos de trabalho engessados e torná-los mais flexíveis, adaptando-os à realidade da sua equipe.
6. Excesso de trabalho
O excesso de trabalho acaba sobrecarregando os colaboradores, até mesmo os mais ágeis. Assim, o que deveria ser sinônimo de maior produtividade se torna uma grande queda de rendimento. Essa é uma das razões por que bons funcionários pedem demissão, pois se sentem esgotados.
Muitas empresas assumem uma quantidade maior de serviços, mas se recusam a expandir o seu número de profissionais. Com isso, delegam tarefas que nem sempre os seus talentos dão conta de entregar dentro do prazo e qualidade desejados.
Sem falar que quando há um aumento de trabalho, é natural que o colaborador também espere um bônus, aumento de salário ou promoção de cargo. Se isso não acontece, o estresse do excesso de trabalho e a falta de reconhecimento podem culminar no pedido de desligamento.
Para evitar esse problema, é preciso delegar as tarefas de forma justa entre o seu time, além de reconhecer o esforço de cada um. Se a demanda de trabalho da empresa está crescendo, significa que o número de colaboradores também deve aumentar.
7. Saúde mental
Ter uma boa saúde mental e qualidade de vida são fatores extremamente valiosos para os profissionais da atualidade. Sem esses dois requisitos, torna-se impossível apresentar bons resultados, independentemente do cargo ocupado.
Um ambiente de trabalho estressante, cheio de conflitos e onde não existe nenhuma oportunidade de crescimento afeta diretamente o psicológico dos seus colaboradores. Para estimular o bem-estar dos trabalhadores, comece conscientizando-os sobre quais são os sinais e problemas que podem afetar a sua saúde mental, e ofereça oportunidade de tratamento.
Também pode-se fornecer treinamentos e benefícios com foco na melhoria do estilo de vida dos colaboradores. Entre eles, parcerias com academia e áreas de lazer em que os profissionais possam aproveitar momentos de descontração nos intervalos de suas atividades.
Ao saber por que bons funcionários pedem demissão, uma coisa fica muito clara: não dá mais para as organizações pararem no tempo. Os profissionais e o mercado de trabalho estão mudando, e se você quer contratar e reter talentos, então, é preciso oferecer um ambiente de trabalho atrativo e encantador.
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