Você sabia que, no Brasil, existem mais de 45 milhões de pessoas com deficiência, mas apenas 1% tem carteira assinada?
Para melhorar esse cenário, foi criada, em 1991, a Lei N.º 8.213, conhecida como Lei das Cotas, que institui que todas as empresas do setor privado com mais de cem colaboradores são obrigadas a preencher entre dois a cinco por cento de seus quadros de funcionários com profissionais com algum tipo de deficiência, ou com beneficiários reabilitados.
Porém, independentemente da obrigatoriedade, é importante salientar que esse processo produz uma série de impactos positivos sociais e econômicos. Para as pessoas com deficiência, a oportunidade de atuar no mercado de trabalho traz independência e reconhecimento. Para as empresas, há um ganho em relação à humanização da gestão, eliminando preconceitos e paradigmas ultrapassados. Esses são apenas alguns dos pontos positivos em investir nesse processo.
Apesar dos benefícios, existem vários cuidados que precisam ser tomados para garantir que o processo aconteça da forma correta do início ao fim. O que acha, então, de entender mais sobre as práticas que devem ser adotadas e as regras para contratar pessoas com deficiência na sua empresa? Continue a leitura deste artigo e descubra!
Os impactos da contratação de PcD na empresa
A diversidade é um tema em alta no mercado corporativo e não é sem motivos para tal. Vivemos em uma sociedade em que as individualidades precisam ser cada vez mais respeitadas, por isso, as empresas precisam se adaptar ao processo. Uma organização em que todos pensam de maneira inclusiva e aberta à pluralidade das pessoas tende a se destacar em cenário de competitividade.
É preciso ter empatia e enxergar as dores do outro. Quer melhor caminho do que investindo na
diversidade e na representatividade dentro da sua equipe? Isso passa também pela contratação de PcD. Já parou para pensar nos insights e ideias valiosos que um profissional com alguma deficiência pode contribuir, além das suas capacidades e habilidades profissionais?
Novos olhares ajudam na criação de soluções diferentes, inovadoras e mais eficientes, gerando resultados positivos para a sua empresa. A produtividade é outro ganho significativo. Além disso, do ponto de vista econômico, o processo de inclusão é favorável, pois estimula a economia do país, já que mais pessoas estão exercendo atividades remuneradas.
Os desafios da contratação de PcD
Apesar de dados do Ministério do Trabalho mostrarem que só uma pequena parcela de brasileiros com algum tipo de deficiência estão empregados, não é uma tarefa fácil encontrar os profissionais no mercado.
Um aspecto que pode se tornar um desafio para as empresas é a adaptação do ambiente de trabalho. Um profissional que utilize cadeira de rodas, por exemplo, precisa ter uma estrutura mínima para ter acesso ao espaço laboral, como elevador e outras questões de acessibilidade.
Esse trabalho implica também a criação de uma cultura mais inclusiva por parte de todos os profissionais. Ou seja, não basta adaptar o espaço físico de trabalho: é necessário que os times tenham consciência da importância dessa prática e, ao mesmo tempo, contribuam para a construção de um ambiente coletivo saudável.
Leis, boas práticas e regras para contratar PcD
Mas, para que esse processo funcione da melhor maneira possível a todos os profissionais, é importante conhecer as leis, as boas práticas e as regras para contratar PcD e garantir que o clima organizacional seja o ideal. Confira!
O processo de recrutamento e seleção
Para o recrutamento e seleção de PcD, é preciso ter em mente que as exigências a serem feitas devem estar adequadas às restrições que caracterizam os profissionais com deficiência, de modo a garantir um processo seletivo coerente e justo. Assim, o perfil ideal para a vaga deve considerar as possíveis limitações que se enquadram à função, sem prejuízo das tarefas diárias.
Os cuidados com a acessibilidade
Ao definir a contratação de PcD, é preciso também cuidar de quesitos fundamentais à acessibilidade, promovendo mudanças na infraestrutura das empresas. A ideia é que os espaços sejam adequados ao trabalho e ao deslocamento dos profissionais, garantindo segurança e autonomia.
Nesse sentido, é importante incluir ambientes adaptados, móveis planejados, pisos táteis, rampas, sinalizações e informações em braile, dentre outros itens. Porém, é importante lembrar que nem todo profissional PcD é cadeirante, por exemplo. Por isso, atender à Lei de Cotas não significa necessariamente fazer mudanças arquitetônicas na sua empresa.
A exigência de experiência e escolaridade
Muitos profissionais com deficiência não tiveram oportunidades no mercado de trabalho antes da Lei das Cotas. Com isso em mente, é importante que a empresa reconheça a importância de oferecer treinamentos e qualificação, para que a pessoa possa adquirir os conhecimentos indispensáveis, especialmente em situações em que a comprovação de experiência faz parte do escopo da vaga.
Isso acontece igualmente com a questão da escolaridade, já que vários candidatos PcD não tiveram condições de frequentar cursos de determinadas áreas, devido à falta de acessibilidade. Assim, é importante que a organização sempre aplique métodos de análise justos, que considerem as especificidades do contexto de quem está em busca pela colocação profissional.
A realização da entrevista
Para a entrevista, é preciso utilizar instrumentos apropriados ao tipo de deficiência de cada candidato, como contar com a presença de um intérprete de sinais, no caso de pessoas surdas. Observe também que as questões devem ser feitas com naturalidade, de modo a evidenciar todas as potencialidades do profissional, bem como suas limitações e necessidades.
As regras trabalhistas
Para a contratação de PcD, não há regras especiais quanto ao contrato de trabalho e à assinatura da CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), sendo que todas as normas da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) devem ser cumpridas. Também não existe diferenciação quanto à remuneração desse profissional, que deve ser idêntica aos demais colaboradores que exercem as mesmas tarefas.
Entretanto, os profissionais com deficiência podem ter um horário flexível e reduzido, com proporcionalidade de salário, em razão de necessidades específicas de locomoção ou de tratamentos médicos, por exemplo.
A integração dos profissionais com deficiência
É fundamental que a empresa atente para o acompanhamento do profissional com deficiência, garantindo a integração desse colaborador à nova equipe e às rotinas de trabalho.
Para tanto, alguns aspectos relacionados ao estilo de gestão devem ser reforçados, e o gestor precisa atuar de maneira mais próxima, orientando, auxiliando e esclarecendo dúvidas.É preciso também contar com práticas que fomentem uma cultura de igualdade e respeito, sensibilizando a todos, eliminando estereótipos e qualquer tipo de discriminação.
A substituição do trabalhador
Um profissional com deficiência pode receber todo o suporte e estrutura da empresa, mas acabar não se encaixando, como qualquer colaborador. Logo, é importante que fique claro que as regras para o processo de substituição nas equipes são iguais e válidas para todas as pessoas. Mas é preciso observar que, caso o profissional demitido esteja incluído no sistema de cotas, é essencial que o novo colaborador também seja PcD.
É indispensável que as empresas conheçam as leis e as regras para contratar PcD, além das boas práticas para criar um ambiente de trabalho diversificado, meritocrático e inclusivo. Trata-se de uma cultura que vai estimular o melhor de todos os profissionais e permitir que a sua empresa cresça com uma cultura diversa e plural, gerando ainda mais oportunidades no mercado de trabalho.
A Catho Empresas oferece a Solução de Recrutamento de PcD. São mais de 32 mil currículos de profissionais PcD com laudos validados e certificado de reabilitação do INSS para consulta, uma forma rápida e prática de encontrar os candidatos ideais.
Entre em contato com a gente e saiba mais sobre nossa solução de Recrutamento de PcD!
Sou diagnosticada com esquizofrenia
Sigo tratamento psiquiátrico
Com diagnóstico CID10
Preciso de um trabalho meio periodo em razão dos meus tratamentos e cuidados pessoais, o que me refiro a saúde
De preferência, não registrado
Olá, Danielle!
Você sabia que todos os profissionais abrangidos pela Lei de Cotas têm direito à gratuidade na assinatura da Catho? Saiba mais em: https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/pcd/gratuidade-catho-para-pessoas-com-deficiencia-saiba-se-voce-tem-esse-direito/ e cadastre-se.
Boa sorte! 🍀