O processo de recrutamento e seleção (R&S) pode se tornar bastante desafiador para os responsáveis pela atividade no setor de RH — especialmente quando as etapas não estão bem definidas e estruturadas. Afinal, selecionar talentos verdadeiramente qualificados, que proporcionem um fit organizacional e atendam aos requisitos desejáveis para o preenchimento da vaga em aberto, requer bastante habilidade dos recrutadores.
Do contrário, a tendência é de que os índices de rotatividade de pessoal aumentem. Isso, por sua vez, impacta negativamente a empresa como um todo, inclusive as finanças.
Então, considerando a importância de garantir contratações mais bem-sucedidas, nas próximas linhas, vamos elencar 7 dicas de como selecionar talentos para acertar na escolha dos profissionais nas seletivas e, mais ainda, para retê-los. Vamos à leitura!
1. Acerte no recrutamento
O setor de Recursos Humanos abarca um volume significativo de processos. Portanto, a simplificação do cotidiano operacional é uma necessidade frequente nas empresas, o que nos leva à relevância da aplicação do RH ágil.
O conceito — que tem origem nas metodologias ágeis — orienta a divisão das atividades em tarefas menores, prezando uma comunicação eficiente entre os responsáveis, bem como a implementação contínua de melhorias. Nesse sentido, quando falamos de “acertar no recrutamento”, na verdade, falamos de estruturar adequadamente os estágios e os procedimentos das seletivas.
O planejamento é indispensável para que o processo de R&S seja mais organizado e, inclusive, ajuda a transmitir uma primeira impressão mais positiva da empresa contratante. Além disso, a partir da sistematização, as decisões se tornam menos complexas.
Nesse contexto, duas práticas se destacam. A primeira envolve a divulgação das vagas com uma detalhada descrição dos cargos, o que auxiliará na atração de talentos com perfis mais adequados. A segunda é a aplicação do recrutamento preditivo, que abrange uma análise minuciosa e inteligente dos candidatos, considerando as competências, o fit cultural etc.
2. Evidencie a marca empregadora
Existe um conceito bastante atual chamado “marca empregadora” — ou “employer branding” —, que, resumidamente, refere-se à reputação do negócio no universo corporativo.
Houve um tempo em que a grande parte das empresas não se preocupava com a imagem transmitida ao meio externo, o que resultava em um fenômeno conhecido como “post and pray“. Ou seja, as oportunidades em aberto eram divulgadas e os recrutadores “rezavam” para que aparecessem profissionais interessados.
No entanto, a partir do surgimento da ideia de marca empregadora, o cenário mudou. Atualmente, é comum que grandes talentos sejam atraídos pelas instituições, mesmo quando não existem vagas disponíveis.
Isso é resultado da evidenciação do employer branding, com a adoção de políticas atrativas, como horários flexíveis, pacotes de benefícios diferenciados etc.
3. Tenha uma página de carreiras
A página de carreiras é uma espécie de “cartão de visitas” para os profissionais do mercado e, em grande parte dos casos, é o ponto de contato inicial antes de processo seletivo. Inclusive, quando bem trabalhado, esse recurso auxilia na atração efetiva e rápida dos melhores candidatos, o que vai ajudar você a selecionar talentos mais adequados.
Nesse sentido, o ideal é que a sua página de carreiras veicule informações importantes da empresa, destacando as vantagens de integrar o seu quadro de pessoal. Uma boa prática é expor os valores, a missão e os objetivos institucionais e explorar as políticas internas positivas da marca.
4. Ofereça oportunidades únicas
Para selecionar talentos qualificados e que realmente farão a diferença nos resultados organizacionais, é fundamental oferecer oportunidades profissionais únicas e verdadeiramente atrativas. Nesse sentido, é necessário ir além da oferta de um bom salário.
Lembre-se de que as gerações atuais — principalmente a geração Z, que está começando a ingressar no mercado de trabalho — têm um perfil diferente das anteriores.
Portanto, mais do que uma remuneração interessante, os candidatos agora valorizam empresas que ofereçam chances de capacitação e crescimento, regimes de trabalho mais flexíveis, qualidade de vida, com incentivos ao bem-estar etc.
5. Aumente a autonomia dos colaboradores
O aumento dos níveis de autonomia dos profissionais que integram o quadro de pessoal de uma empresa vem se tornando uma tendência. Além disso, essa transformação está estreitamente associada às recentes mudanças no perfil dos colaboradores, a exemplo do que mencionamos no tópico anterior.
Na prática, quanto maior for a autonomia do talento, mais liberdade ele terá para gerenciar a si mesmo, o que inclui as suas atribuições, a sua rotina, as decisões inerentes à sua função etc. Ou seja, ele se torna menos dependente da validação dos seus superiores, o que eleva não só a sua capacidade de autogestão, mas também a sua motivação e os níveis de satisfação.
Afinal, se um profissional entende que a empresa confia nas suas habilidades e no seu know-how para conduzir as suas atividades, há reflexos positivos sobre o seu moral.
6. Crie um bom plano de carreira
Um plano de carreira bem-feito deve ser estruturado levando em consideração — além das necessidades da empresa — os interesses dos profissionais que integram a força de trabalho. Afinal, na prática, os colaboradores o veem como uma espécie de rota, um trajeto a ser seguido para alcançar o objetivo almejado.
Nesse sentido, ao elaborá-lo, o mais recomendável é:
- traçar e direcionar as metas institucionais;
- identificar as demandas da organização e os interesses do quadro de pessoal;
- definir um período de tempo para a progressão;
- descrever as competências e/ou qualificações necessárias;
- manter-se alinhado ao que é praticado no mercado de trabalho em geral;
- estabelecer como os resultados serão mensurados.
7. Use a tecnologia a seu favor
Vivemos em uma era de transformação digital. Então, atualmente, o mercado disponibiliza diversas soluções eficientes e personalizáveis que podem auxiliá-lo no momento de fazer a triagem dos candidatos e selecionar talentos.
Os softwares de recrutamento e seleção são excelentes exemplos nesse sentido. Afinal, essas ferramentas apresentam funcionalidades específicas para a avaliação das habilidades dos profissionais e, posteriormente, para a identificação dos perfis mais bem alinhados à posição em aberto e à cultura organizacional.
Agora, você já sabe que selecionar talentos realmente competentes e que agregarão de forma positiva aos resultados do negócio requer a adoção de alguns cuidados e a aplicação de determinadas estratégias. Uma vez que entendeu essa importância, também é necessário saber como reter talentos e tomar medidas para esse fim. Então, o próximo passo é colocar em prática as dicas listadas, otimizando todo o processo de R&S e ganhando em praticidade, organização e eficiência.
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