Sem dúvida, um ambiente corporativo em que poucas pessoas têm espaço para agir com autonomia não é saudável.
Embora algumas empresas ainda não estejam atentas à questão, é preciso dar ênfase à segurança psicológica no trabalho, principalmente para que os profissionais possam desempenhar as suas atribuições com todo o seu potencial.
Aliás, a falta de segurança para que os talentos expressem as suas ideias e argumentem com os pares e/ou com os superiores pode ser bastante prejudicial, inclusive para o desempenho do negócio.
Por isso, é fundamental ficar atento às práticas que podem ajudar a criar uma companhia mais receptiva, aberta e psicologicamente estimulante para as equipes.
Neste post, nós vamos abordar o tema, explicando o conceito da segurança psicológica no trabalho, as suas características e, claro, como desenvolvê-lo na organização. Continue a leitura!
O que é a segurança psicológica no trabalho?
A segurança psicológica no trabalho envolve saber que as opiniões, os questionamentos e as ideias terão espaço na empresa, ou seja, que serão ouvidos e considerados. Para isso, é preciso que o ambiente seja receptivo, e que as pessoas se sintam confortáveis para se expressar.
Nesse sentido, o grande desafio de estabelecer um espaço laboral psicologicamente seguro está em evitar que haja algum prejuízo de valor às relações interpessoais quando alguém levanta alguma questão. Ainda que a direção e a gestão da companhia queiram escutar os colaboradores, eles podem ser desmotivados a falar pelos próprios pares.
Portanto, a segurança psicológica no trabalho é um esforço indireto para reduzir julgamentos, mitigar a exclusão interpessoal e evitar críticas duras, por exemplo. O intuito é que os integrantes do quadro de pessoal sejam estimulados a participar e a desenvolver as suas ideias, sempre de maneira colaborativa.
Quais são as características de um ambiente psicologicamente seguro?
Para que um ambiente seja considerado psicologicamente seguro, as pessoas precisam se sentir aptas a desenvolver quatro aspectos essenciais na empresa: o pertencimento, o aprendizado, a contribuição e o desafio. Quer saber mais sobre eles? Vamos aos tópicos a seguir!
Pertencimento
O primeiro passo requer que os colaboradores se sintam seguros ao pertencer à equipe. Na prática, isso significa que o time deve ser receptivo às diferenças, valorizar a diversidade de experiências e acolher as características de cada colega a fim de que todos se sintam confiantes para contribuir para o grupo.
Aprendizado
O segundo passo envolve construir um ambiente seguro para o aprendizado. O cenário demanda liberdade para perguntar, questionar, experimentar novas possibilidades e assim por diante. Logo, é muito importante que comentários constrangedores, críticas duras ou julgamentos sejam desestimulados.
Contribuição
O terceiro aspecto diz respeito à segurança para contribuir para o time e para o negócio. De certo modo, trata-se de uma consequência da confiança que o profissional tem de que realmente é útil e valioso para a empresa. Assim, as suas experiências, ideias e habilidades são percebidas como elementos relevantes.
Desafio
O questionamento, a curiosidade e a inovação são interessantíssimos para o negócio. Chegamos ao quarto ponto que deve ser construído em um ambiente de trabalho psicologicamente seguro: as pessoas devem se sentir confortáveis para propor desafios e novas ideias.
Qual é a importância da segurança psicológica para as empresas?
Para compreender a importância da segurança psicológica para as empresas, é preciso, primeiramente, compreender os prejuízos que um espaço de trabalho inseguro pode provocar.
Quando esse aspecto não é trabalhado internamente, as equipes podem desenvolver:
- Traços de hostilidade;
- Intolerância à diversidade de ideias;
- Comunicação violenta;
- Limitação de autenticidade e criatividade, etc.
Com o tempo, esses fatores tendem a abalar diretamente a saúde mental dos colaboradores, provocando situações indesejadas, como altos níveis de estresse e até o desenvolvimento da Síndrome de Burnout. Cada pessoa é única, não pelo seu conjunto de habilidades e/ou de formações, mas, sim, pelas ideias e pelos insights que é capaz de apresentar.
Esses elementos compõem o resultado das suas experiências e vivências, tanto profissionais quanto pessoais. Por isso, é essencial valorizar o que cada colaborador traz na sua bagagem.
A simples proposição de ideias pode se transformar em um diferencial competitivo dentro e fora da empresa. Ao mesmo tempo, o talento que é ouvido se sente mais valorizado, motivado e engajado. Consequentemente, os índices de rotatividade e de turnover tendem a se manter reduzidos.
Como desenvolver a segurança psicológica no trabalho?
Quer descobrir como criar segurança psicológica no trabalho? Então, saiba que existem algumas práticas que podem se tornar grandes aliadas. Confira a seguir!
Invista na comunicação não violenta
A comunicação não violenta é uma maneira de trabalhar a expressão de ideias e de pensamentos sem causar desconforto nas pessoas, o que é um passo importante na garantia da segurança psicológica no trabalho.
Para isso, você pode oferecer um treinamento sobre o assunto, fortalecendo a comunicação interna como um fator de conexão (e não de ruídos) entre os integrantes da equipe.
Estimule (e pratique) a escuta ativa
Escutar ativamente é demonstrar interesse em ouvir e entender o que o outro está tentando dizer, não interrompendo os colegas e fazendo perguntas que elucidem o assunto, por exemplo. Inclusive, é claro que é papel do setor de Recursos Humanos (RH) e/ou da gestão estimular esse tipo de comportamento.
No entanto, a melhor forma de fazê-lo é oferecendo aos times um excelente exemplo de como colocar a escuta ativa em ação. Portanto, seja você um agente dessa mudança e proteja a saúde mental no trabalho.
Normalize a vulnerabilidade
Nem todo mundo que está prestes a apresentar uma ideia tem total confiança no que está fazendo. É natural que as pessoas sintam medo de se posicionar, questionar e propor algo diferente na empresa.
Por isso, aproveite para oferecer acolhimento a quem se expuser ao risco, mesmo que o profissional pareça nervoso e tímido ou que as suas ideias não sejam, inicialmente, tão boas.
Crie uma cultura colaborativa
A cultura organizacional também influencia muito a capacidade que as pessoas têm de expor as suas ideias e de se sentir psicologicamente seguras no trabalho.
Logo, é preciso fomentar um ambiente receptivo às diferenças, que valorize as experiências pessoais, que gere uma comunicação aberta e acertada e, principalmente, que possibilite que os profissionais colaborem entre si.
Percebeu como entender o que é segurança psicológica no trabalho é o primeiro passo para promover um ambiente mais agradável, produtivo e ideal para que as pessoas cresçam juntas?
Na prática, trata-se de uma iniciativa positiva para os colaboradores e para o negócio, que fortalece a sua marca empregadora, melhora o clima organizacional e transmite essa imagem atrativa para o mercado.
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