Para você, quais características formam um profissional do futuro? A premissa de que um candidato é contratado apenas por suas competências técnicas não é mais suficiente. Sim, é verdade que conhecimento é fundamental para exercer bem as atividades de trabalho. Porém, as habilidades essenciais, isto é, aquelas que a escola ou faculdade nem sempre é capaz de transmitir pelo método tradicional, estão se sobressaindo na hora de bater o martelo e decidir quem realmente merece a vaga.
Isso é simples de explicar: aperfeiçoar uma competência pessoal, como paciência, senso de estratégia e capacidade de lidar com crises, pode ser mais demorado que aprender uma técnica.
É por isso que os times de RH têm mais trabalho para recrutar profissionais com habilidades como essas, pois os traços de personalidade nem sempre ficam claros em testes psicológicos.
Por aqui, vamos falar mais sobre quais são as habilidades essenciais e por que vale a pena procurá-las no mercado. Confira!
O que são as habilidades essenciais?
Apesar de cada vaga ter um perfil diferente de candidato, é correto afirmar que os processos seletivos têm algo em comum: a busca pelas habilidades essenciais. Essa gama de características se refere às qualidades que os profissionais precisam ter para se destacar no mercado de trabalho.
Diferentemente de uma competência, que pode ser treinada (como a de falar outros idiomas), uma habilidade é natural da pessoa. Ela até pode ser aprimorada, mas geralmente já faz parte da personalidade, ainda que de forma leve.
Quais são as principais habilidades essenciais?
Fazer o match do candidato com a vaga não é uma tarefa fácil, e os recrutadores sabem disso. Nesse processo, é muito importante achar a pessoa certa, que vai agregar à organização e se identificar com a cultura.
Mas, o que procurar? Baseie-se nas habilidades que vamos destacar abaixo.
Resiliência
Sem dúvida, é uma qualidade que ganhou muita visibilidade nos últimos anos. O que significa ser resiliente? Tem a ver com a solução de problemas. Na verdade, uma pessoa resiliente é aquela que sabe lidar com as inconstâncias da vida.
Ela entende que os altos e baixos fazem parte do processo e, por isso, leva situações adversas com leveza, encarando os fatos de frente. Assim, segue sem perder o otimismo ou a vontade de tentar de novo, mas tem maturidade para saber quando é preciso redirecionar a rota.
Agilidade
Estamos na era da transformação digital. Processos mudam diariamente. Então, a cobrança para que as pessoas sejam cada vez mais ágeis é real. Porém, calma: ter agilidade não significa fazer uma atividade de qualquer jeito para finalizá-la e se dedicar a outra. Ser ágil consiste em fazer rápido e bem, otimizando o tempo e estabelecendo prioridades.
Criatividade
A criatividade que o meio corporativo quer está relacionada, principalmente, à facilidade para criar novas soluções. As pessoas criativas são curiosas. Elas não esmorecem diante de um problema: pelo contrário, encontram um estímulo para aperfeiçoar um processo.
Automotivação
Um indivíduo automotivado não depende da chuva, nem do sol, para trabalhar bem. Se o clima do time está para baixo, é essa pessoa quem apresenta motivos para que o ânimo retorne e a equipe consiga trabalhar melhor. É esse profissional que está sempre superando as próprias metas, buscando a melhor versão de si mesmo.
Liderança
Tem quem diga que a liderança é um talento nato. Será? Ou então dá para essa habilidade ser aprimorada? Ainda que a resposta seja afirmativa, não dá para negar que alguns indivíduos demonstram uma habilidade natural para liderar pessoas.
E liderar abrange também saber motivar e capacitar as pessoas, levando cada colaborador da equipe a se superar e crescer. Com isso, o desempenho da empresa aumenta.
Adaptabilidade
A lei da seleção natural vale para o mercado de trabalho: são os mais aptos que sobrevivem. Ter facilidade para se adaptar às mais diversas situações é a garantia de que você vai se dar bem em qualquer realidade organizacional. Para a empresa, contar com um profissional com essa habilidade essencial demonstra credibilidade e segurança.
Inteligência emocional
A inteligência emocional consiste em ter sabedoria para lidar com seus sentimentos de forma estratégica e, ainda, conseguir fazê-lo com as pessoas ao redor. Quem tem inteligência emocional no trabalho é capaz de passar por situações difíceis e potencializar sua atuação na empresa, fazendo do limão uma limonada.
Aprendizado contínuo
A curiosidade é positiva tanto para estimular a criatividade como para treinar o cérebro e mantê-lo em constante aprendizado. No contexto em que vivemos, o volume de informações é gigante. Por isso, é preciso ter um filtro e peneirar aquilo que realmente vale a pena manter na cabeça.
Empatia
Além da resiliência, a empatia é uma palavra que tem sido usada com frequência quando se fala nas habilidades essenciais. Ela diz respeito à nossa capacidade de se colocar no lugar do outro.
A importância da empatia vem daí: uma vez que a pessoa se põe no lugar da outra, ela repensa seu comportamento, mudando palavras, atitudes etc. No meio corporativo, a empatia é uma boa aliada para solucionar conflitos.
Como analisar as habilidades essenciais no recrutamento e seleção?
Boa parte das características citadas demandam um olhar clínico e crítico para que seja possível identificá-las. Para isso, o profissional de recursos humanos deve contar com testes psicológicos eficientes e modernos, permitindo uma abordagem mais ampla e precisa.
Além disso, a pessoa responsável pelo recrutamento precisa ser específica e objetiva sobre o que espera do profissional que vai ser integrar o time da empresa. Nesse sentido, a equipe de RH deve trabalhar de forma integrada com os outros setores do negócio para que o match seja facilitado. Com isso, tanto o funcionário quanto a empresa saem ganhando com a nova admissão.
As habilidades essenciais são chaves para os profissionais de sucesso, e as empresas que querem se destacar devem contar com profissionais que as dominem. Ao conseguir identificar essas habilidades do futuro no processo de recrutamento e seleção, a equipe vai contar com talentos que podem fazer a diferença no dia a dia.
Agora que falamos sobre as habilidades essenciais, que tal aprender mais sobre as soft skills?
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