O que você precisa saber sobre full time equivalent?

Não é novidade para ninguém que garantir que os colaboradores de uma empresa sejam produtivos é fundamental para o sucesso de uma organização. Mas com o full time equivalent (FTE), a equipe de RH pode agir de maneira ainda mais estratégica para calcular o desempenho dos profissionais contratados, tanto globalmente quanto em projetos específicos.

O FTE é uma métrica de RH essencial para auxiliar a gestão da empresa a suportar decisões com relação a talentos e ter os subsídios necessários para aumentar a produtividade. Além disso, esse recurso ajuda a identificar gargalos relacionados às contratações, permitindo que as melhores decisões sejam tomadas em cada caso.

Quer saber mais sobre full time equivalent e como calculá-lo para a sua empresa ter resultados ainda mais expressivos? É sobre isso que vamos falar por aqui.

Entenda o que é full time equivalent

O full time equivalent é uma métrica utilizada para mensurar o número de horas úteis que, em média, os funcionários se dedicam às suas tarefas mensalmente. O FTE também pode ser usado para analisar se a produtividade dos colaboradores que trabalham em meio período equivale àquela dos profissionais que atuam em horário integral.

Com isso, o RH estratégico ganha mais espaço nas organizações, já que as decisões serão baseadas em dados, afastando a subjetividade dos processos.

Para calcular o FTE, é preciso levar em consideração que, independentemente da carga horária executada pelo funcionário, é preciso considerar também as pausas feitas, que compreendem:

• idas ao banheiro;
• situações emergenciais, tanto relativas ao trabalho quanto à vida pessoal;
• refeições;
• participação em reuniões;
• momentos de descanso entre uma atividade e outra.

Como você pode perceber, as horas empregadas no trabalho nunca serão destinadas de maneira integral à produtividade, pois as pessoas têm necessidades físicas e emocionais que devem ser consideradas, mas que não representam produtividade em tarefas diretamente.

Para saber se a jornada de trabalho dos funcionários justifica o custo de contratação, o FTE pode ser usado para calcular o tempo de produtividade mensal realmente utilizado pelo trabalhador.

Veja como aplicar o full time equivalent na empresa

A função do full time equivalent é conceder dados para a tomada de decisão na empresa. O objetivo é conquistar mais conhecimento envolvendo a execução de atividades estratégicas em uma organização, já que é possível evidenciar as necessidades e capacidades internas.

O FTE pode ser usado, por exemplo, para fazer a mensuração dos impactos das ausências sem justificativa no trabalho. Assim, quanto mais o colaborador se ausenta de suas atividades, mais longe ele estará dos 100% de equivalência, considerando uma carga horária de trabalho de tempo integral.

Da mesma forma, a métrica pode ser usada para fazer a avaliação da carga de trabalho. Suponha que a empesa esteja lançando um novo projeto que demanda 40 horas de atividades semanais e o FTE do colaborador seja de 80%. Com isso, é possível identificar que apenas ele não consegue concluir as tarefas com suas horas normais, o que gerará horas extras de trabalho.

O full time equivalent também pode ser usado para fazer a avaliação da produtividade dos funcionários. Imagine que um operário da fábrica faz a entrega de 100 unidades de produto por dia, enquanto outro consegue entregar 30 com a mesma jornada de trabalho.

Nesse contexto, é necessário considerar qualificar o segundo operário para equilibrar a capacidade produtiva. Outra possibilidade é o primeiro trabalhador ter excesso de qualificação para o cargo e, logo, pode ser aproveitado de maneira mais estratégica para colaborar com o desenvolvimento da equipe.

Confira como executar os cálculos da forma correta

Para calcular o full time equivalent na sua empresa, basta fazer alguns cálculos simples. Divida as horas de trabalho de um funcionário pelo limite da jornada em tempo integral. Separamos três exemplos para você conferir:

• José faz 30 horas semanais;
• Maria trabalha por 40 horas;
• Alice tem uma jornada de 48 horas na semana.

Utilizando o valor médio de 40 horas para o funcionário que trabalha em período integral, teríamos os seguintes resultados:

• José:

30 ÷ 40 = 0,75 ou 75% de FTE

• Maria:

40 ÷ 40 = 1 ou 100% de FTE

• Alice:

48 ÷ 40 = 1,2 ou 120% de FTE

Assim, no momento de fazer a comparação do full time equivalent com as horas que são necessárias para executar determinada atividade, também é possível considerar os minutos para pausas de descanso, idas ao banheiro, entre outros.

Você pode, por exemplo, estimar em 15% essas pausas. No entanto, o ideal é utilizar o tempo apurado na sua organização. Para essas situações, o trabalhador que tinha o full time equivalent de 100% vai para 85%, com a margem. Portanto, considerando que 100% das entregas de um trabalhador são 10 produtos, ele consegue fazer 8,5 em média.

Um cálculo correto pode ainda representar uma grande transformação no aspecto organizacional, pois, dessa forma, a gestão de RH conseguirá identificar, de fato, quando será necessário fazer contratações — ou mesmo melhorar os processos de recrutamento e seleção —, redução de custos e cortes na folha de pagamento. Assim, o FTE, por mensurar o retorno do investimento em mão de obra, pode ser comparado ao ROI (Retorno sobre o Investimento).

Compreenda como essa estratégia é relevante para a saúde da empresa

O full time equivalent faz a avaliação do tempo de trabalho dos profissionais e pode ser usado como um complemento da avaliação de desempenho do funcionário. Dessa forma, a gestão da empresa consegue tomar melhores decisões acerca de divisão de tarefas, promoções, dispensas, contratações e até mesmo identificar a necessidade de investimentos em capacitação.

Também é relevante para a empresa a possibilidade de:

• verificar o impacto das ausências;
• entender a carga de trabalho dos colaboradores;
• minimizar as horas de trabalho ociosas;
• reduzir custos com excessos de pessoas;
• comparar a produtividade da empresa;
• ajustar a carga de trabalho.

Dessa forma, com o conhecimento necessário para tomar as melhores decisões, é possível ter mais clareza acerca da força de trabalho. Outra vantagem é que também é possível aprender sobre o tempo do colaborador, analisando se o serviço está dentro, aquém ou além das possibilidades dele.

Nesse cenário, ao entender melhor o full time equivalent da sua empresa, ainda é possível:

• optar pelo trabalho terceirizado;
• escolher o regime de contratação;
• calcular o impacto no pagamento de encargos;
• medir a produtividade com novos recursos.

Vimos aqui que o full time equivalent é uma importante métrica de RH que deve ser usada para otimizar os recursos da organização. O FTE também possibilita identificar necessidades de ajustes nas equipes, como a dispensa ou o investimento em capacitação.

Nesse cenário, o profissional de RH deve estar atento e em constante atualização, buscando conteúdos interessantes que possam contribuir para a identificação de soluções para a corporação.

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