Muito se fala sobre as dificuldades de atrair os talentos certos para as empresas. Contudo, o desafio das áreas de recursos humanos de organizações de diferentes segmentos e tamanhos vai além. É cada vez mais comum encontrar profissionais preocupados com o turnover, também conhecido como rotatividade de funcionários.
Após conseguir atrair colaboradores que são verdadeiros talentos, é preciso seguir encantando-os para que eles se mantenham engajados e gerando resultados para a instituição. Saber administrar a taxa de turnover e executar ações com o objetivo de minimizar os impactos da alta rotatividade é fundamental para a sustentabilidade da empresa.
Se você busca soluções para iniciar uma nova estratégia de retenção de talentos na empresa em que trabalha, continue a leitura. Com certeza, após ler este artigo, ficará mais fácil controlar e até mesmo reduzir o seu turnover.
O que é turnover?
O turnover é um importante indicador da área de recursos humanos que mede a taxa de rotatividade de funcionários de uma empresa. A taxa de turnover nada mais é do que a relação entre o número de contratações e a quantidade de funcionários que saem da empresa em um determinado período de tempo, geralmente de um ano. Porém, para ter mais insights, é interessante analisar também a rotatividade por setores, departamentos ou grupos específicos.
Ter uma taxa de rotatividade é normal. Entretanto, é preciso conhecê-la para controlá-la. Afinal, seja alto ou baixo, o turnover sempre causa impactos relevantes e gera conhecimento importante sobre clima e cultura organizacional. Por isso, é preciso entender se esse turnover é voluntário ou involuntário para calculá-lo da maneira correta e criar a melhor estratégia a fim de melhorar esse número.
Turnover voluntário
O turnover voluntário é aquele em que o funcionário pede desligamento da empresa. Na maioria dos casos, o pedido de saída ocorre por conta de insatisfação na atividade executada, ambiente ou remuneração. Os perfis que costumam pedir para sair da empresa de forma voluntária, normalmente, são profissionais com ensino superior e aqueles que ocupam posições de executivos.
Turnover involuntário
O turnover involuntário é quando a empresa opta por desligar o funcionário. Em geral, essa ação acontece por conta do desempenho do profissional ou dificuldades financeiras da organização.
Turnover funcional
Nem sempre o pedido de saída de um funcionário é algo negativo para a instituição. É o caso do turnover funcional, que ocorre quando um profissional que já não está tendo um bom rendimento pede desligamento. Dessa forma, a empresa economiza os custos de demissão.
Turnover disfuncional
Nesses casos, talentos considerados de alta performance e potenciais para crescer profissionalmente dentro da empresa optam por se demitir. O turnover disfuncional traz um alerta importante para a empresa, pois mostra que ela não está sendo capaz de reter seus principais talentos. Logo, é preciso identificar os motivos o mais rápido possível.
Como calcular o turnover?
Agora que já entendemos o conceito e seus diferentes tipos, é o momento de calcular a taxa de rotatividade de funcionários da sua empresa. Parece complicado, mas para conhecer o seu turnover, é preciso apenas aplicar a seguinte fórmula:
nºde demissões + nº de admissões/2/nº de funcionários ativos
Esse é o cálculo da taxa geral de turnover. Porém, para uma análise mais detalhada, é possível relacionar essa métrica a outros índices, que ajudarão na melhor compreensão da situação da empresa. Por exemplo, calcular somente o turnover funcional ou voluntário.
Quais as causas e efeitos do turnover?
Os números revelados pelo cálculo da taxa de rotatividade precisam ser relacionados a informações qualitativas para compreensão dos motivos de estar alta ou baixa. Especialistas da área de RH apontam alguns das principais causas e efeitos para tal. É comum os funcionários acabarem se sentindo desmotivados por conta de uma quebra de expectativas ao assumir determinado cargo, que não é exatamente aquilo que estava na sua descrição e que o motivou a se candidatar.
A falta de feedback e liderança ruim são dois motivos que causam um crescimento do turnover. Nem sempre o colaborador se sente inspirado por seus líderes e gestores de equipes, o que faz com que ele se questione em crescer na empresa. Podemos relacionar essa liderança não inspiradora também com a falta de feedback que, em geral, auxilia o colaborador a crescer pessoal e profissionalmente.
O ambiente e o clima organizacional também influenciam (e muito) na decisão de um colaborador em seguir sua carreira em uma empresa ou não. Ambientes hostis, com alta negatividade e pressão fazem com que a produtividade dos funcionários caia, além de afetar a sua saúde física e emocional muitas vezes.
Independentemente dos motivos que causam o turnover, eles trazem impactos financeiros, em sua maioria prejuízos. Isso porque é preciso investir no processo de atração de novos talentos, bem como no pagamento dos custos da demissão de funcionários.
Os prejuízos financeiros também são indiretos. Sempre há um abalo na produtividade da equipe. Afinal, é preciso realizar adaptações em processos até se encontrar uma nova pessoa e treiná-la para que esteja preparada para gerar resultados positivos à empresa.
A gestão e a imagem da empresa também sofrem com o alto turnover. Toda saída de funcionários gera um burburinho interno e que faz com que os líderes precisem colocar esforços nisso em vez de pensar em questões estratégicas para a sua operação. Esses boatos e ruídos de comunicação acerca das demissões acabam impactando a imagem da empresa perante os seus funcionários. Lembre-se que eles devem ser os principais embaixadores da sua marca.
Como evitar o turnover?
Mas como controlar e diminuir a taxa de rotatividade de funcionários? O primeiro passo é descobrir o porquê ela está alta. A melhor forma de fazer isso é escutar as pessoas que estão saindo da empresa e registrar as informações compartilhadas por elas. Além disso, pesquisas de clima organizacional também auxiliam a compreender como que aqueles que ali trabalham enxergam a instituição e o que esperam dela. A partir desses dados, é possível alinhar melhor as expectativas dos candidatos de processos seletivos, bem como selecionar novos colaboradores que estejam mais adequados à cultura da empresa.
Outro fator muito importante, não só para o turnover, é o desenvolvimento de uma excelente comunicação interna. Manter todos na mesma página é essencial para evitar quebras de expectativas e garantir um discurso único por parte de todos. Logo, invista em diversos canais de comunicação e incentive o diálogo entre colaboradores e liderança.
Principalmente a geração que está entrando agora no mercado de trabalho, gosta de se sentir desafiado diariamente. Uma forma de fazer isso é montar um plano de carreira para cada um dos seus colaboradores. Assim, eles enxergam propósito em cada uma de suas ações, além de ter a visão de que a organização se preocupa e lhe quer ver crescer junto.
De modo resumido, o turnover é um importante indicador não apenas para a área de recursos humanos, que deve liderar as ações para melhorar tal taxa. É um fator relevante para todos os gestores, uma vez que influencia em clima, processos e finanças de todos os setores da empresa. Acompanhá-la periodicamente é essencial para garantir o crescimento sustentável da organização.
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