Ser uma ótima empresa para trabalhar e procurada pelos melhores profissionais do mercado. Este possivelmente é o sonho de toda organização, e muitas destas companhias põe em prática este conceito por meio do Employer Branding. O EP foi difundido na Europa e nos EUA desde os anos 1990, mas hoje representa para as empresas brasileiras uma nova possibilidade de diferencial competitivo.
Ir além de admirar uma marca, mas ter vontade de fazer parte dela é o objetivo deste conceito, que otimiza o engajamento dos atuais funcionários e também dos potenciais empregados da organização.
Hoje é muito comum por parte das empresas vincularem suas marcas a selos de certificação de boa empresa para trabalhar. Um exemplo é o Instituto Great Place to Work, que atua mundialmente com mais de 6 mil corporações, representando mais de 10 milhões de funcionários. “As melhores empresas para trabalhar são mais produtivas, mais rentáveis, possuem índices de satisfação de clientes mais elevados, um número de acidentes e afastamentos médicos bem mais baixos, e até desempenho superior em bolsas de valores”, explica Ruy Shiozawa, CEO do Great Place to Work Brasil.
Atração e retenção de talentos
A taxa de desemprego atualmente é uma das mais baixas da história do país – 4,4%, de acordo com o Índice Catho-Fipe. Com um número maior de opções de oportunidades de emprego no mercado, as pessoas estão mais exigentes em relação a onde irão trabalhar.
A preocupação de ter um bom ambiente de trabalho para atrair e reter pessoas cresceu muito, e fica cada vez mais claro que isso traz resultados para as companhias. Ligar a imagem da empresa com o conceito de bom local para trabalhar é algo que vem amadurecendo no mercado brasileiro.
O Employer Branding só funciona se todas as áreas trabalharem de forma integrada. Se o RH, que olha mais para as práticas internas da empresa, e o Marketing, que vende a imagem da empresa, tiverem a mesma visão, a mensagem de boa empresa para atuar se torna muito mais poderosa.
“O melhor marketing que existe em uma empresa vem de dentro. Nada melhor para um negócio do que os próprios funcionários falarem bem de onde trabalham. No entanto, a pior coisa é a imagem da marca para o mercado ser positiva, mas para os profissionais que atuam na organização ser ruim”, pondera Luciana Carvas, diretora da ABRH-SP. Para ela, quanto mais a comunicação interna da empresa estiver alinhada nas estratégias de marketing, melhor será este trabalho.
Comunicação Corporativa
O mercado brasileiro passa por grandes transformações e as empresas vêm se reinventando constantemente. Nos últimos anos, cada vez mais, vem se fortalecendo a questão de melhor empresa para trabalhar e o que isso significa para os colaboradores (anseios e expectativas).
“Temos uma comunicação muito madura, aberta e transparente, tanto institucional quanto dos gestores perante suas equipes. As pessoas sabem o que acontece com o negócio, os desafios da empresa, além de disponibilizarmos fóruns internos de debate e conversas frequentes com o CEO da companhia”, relata Fernanda Abrantes, gerente de Talent Management da Kimberly-Clark, umas melhores empresas para trabalhar em 2012, segundo o GPTW.
Ainda para a gerente, atuando desta forma a retenção de talentos é muito mais fácil, pois as pessoas querem estar na empresa, dando o melhor de si. “Assim, mantemos uma cultura de excelência e alta performance”, completa.