A cultura do feedback é o processo de desenvolver um ambiente saudável e propício à troca de opiniões sempre construtivas — sejam elas positivas ou sobre aspectos a serem melhorados. A prática de dar retornos e expressar os pontos fortes e aqueles que precisam ser trabalhados é uma das ferramentas mais importantes para o crescimento de uma pessoa, tanto em âmbito pessoal quanto profissional.
Empresas que trabalham com esse hábito conseguem criar equipes mais engajadas, produtivas e motivadas a contribuir com o crescimento e sucesso do negócio e dos projetos — fatores que ajudam a elevar o ROI no RH.
A seguir, mostramos os passos que precisam ser implantados e estruturados para que a cultura do feedback se torne uma prática comum e natural na organização. Entenda.
1. Estimule um ambiente seguro
O primeiro aspecto que precisa ser trabalhado é o desenvolvimento de um ambiente seguro e propício ao feedback. Em alguns casos, é comum vermos empresas que defendem a cultura da troca saudável de opiniões, contudo, os líderes e colaboradores não parecem ser abertos a essa prática. Com isso, a equipe fica com receio de expor algum posicionamento.
Não é incomum encontrar organizações que fazem pesquisa salarial e percebem que a remuneração oferecida não está abaixo do praticado no mercado, mas, ainda assim, sentem que os colaboradores não estão engajados com o negócio. Ao garantir um ambiente favorável a essa exposição e troca de impressões e opiniões, gestores e líderes poderão identificar o que falta para que os profissionais realmente “vistam a camisa da empresa”.
Então, converse com todos, gestores, empresários e colaboradores, para que seja criado um espaço aberto, saudável e seguro para que todos exponham as suas opiniões construtivas e possam contribuir para melhorar as habilidades profissionais de todo o time.
2. Incentive a empatia
A cultura do feedback e a empatia são dois conceitos que precisam andar lado a lado. Ser empático é ter a capacidade de compreender as reações e os sentimentos das outras pessoas, ou seja, de se colocar no lugar do outro sem julgamento e preconceitos.
Essa é uma característica fundamental para que o feedback seja passado de maneira construtiva, e não na intenção de diminuir, difamar ou prejudicar o profissional. A empatia é uma habilidade psicológica que precisa ser trabalhada a todo momento para que se torne um hábito.
3. Desformalize o processo de feedback
Já percebeu que tudo o que é obrigatório ou burocrático se torna maçante e dificilmente você consegue engajar um colaborador? Não é à toa que muitos processos e dinâmicas do RH são vistas como chatas, apesar de importantes e necessárias. Com a cultura do feedback, não é diferente.
Se essa troca de opiniões for um evento esporádico e que os colaboradores se sintam na obrigação de estarem presentes e falarem algo, dificilmente será uma prática saudável. Portanto, é necessário trabalhar a desformalização do feedback, para que ele se torne um hábito e algo natural na empresa.
Para isso, crie uma rotina e regularidade de reuniões e conversas para que os feedbacks sejam expostos, e não force ninguém a falar, pois isso somente prejudicará o processo de aceitação e a implantação da cultura e o transformará em obrigação. Além disso, tão importante quanto falar é ouvir.
4. Conscientize sobre a importância do elogio
Apesar de as críticas construtivas serem fundamentais para o nosso crescimento, os elogios funcionam como reforços positivos. Afinal, quem não gosta de ter o esforço reconhecido e exposto de maneira positiva, não é mesmo?
Esse é um processo que motiva o colaborador a sempre querer melhorar e executar um bom trabalho. Ao contrário de feedbacks sempre negativos, que o fazem acreditar que nada está correto, e podem afetar até mesmo a autoestima do profissional.
Então, reforce a importância do elogio durante as conversas, não somente aquelas voltadas ao feedback, mas também na rotina de trabalho. Assim, nada de positivo passa despercebido.
5. Implemente o feedback transversal
Para uma cultura do feedback saudável, é preciso desmistificar que somente os líderes são responsáveis por expor opiniões e pontos de melhoria nos profissionais e equipes. Em outras palavras, é preciso desconstruir que o feedback somente é passado de líder para liderado. Colaboradores podem expor pontos positivos e fracos de seus colegas de equipe e até mesmo dos seus gestores.
Para que isso funcione de maneira eficiente e positiva, é preciso de algo que dizemos no início deste post: o ambiente saudável, seguro e construtivo. Afinal, cada membro da equipe precisa ter abertura e se sentir confortável o suficiente para pontuar elogios e melhoras aos seus colegas e líderes.
6. Incentive a prática de errar rápido
Todos nós estamos fadados a falhar, mas não podemos nos apegar a esses erros, devemos aprender com eles de maneira rápida, para não bloquear nosso crescimento e desenvolvimento. A resiliência trata exatamente sobre isso.
Para que a empresa consiga contribuir nesse sentido, é importante incentivar a prática de errar rápido. Isso quer dizer que o profissional não deve ficar remoendo as suas falhas e pensando como poderia ter agido de maneira diferente em determinada situação. O ideal é que o colaborador processe como esse erro foi cometido e as ações que ele precisa colocar em prática para controlá-lo, além de formas para que não o cometa novamente.
7. Crie metodologias de crescimento a partir dos feedbacks
Para que a cultura do feedback promova o engajamento e desenvolvimentos dos profissionais e da organização, é preciso que sejam traçados métodos para praticar as melhorias que foram apontadas.
Dessa forma, você conseguirá investir no crescimento pessoal e interpessoal dos colaboradores, sendo que esses fatores refletem na produtividade e nos resultados da organização. Trace metas de comprometimento com as mudanças, faça dinâmicas que trabalhem nos pontos a serem melhorados e pesquise por métodos e ferramentas que incentivam os profissionais a buscarem a sua melhor forma.
A cultura do feedback é uma ferramenta mais valiosa do que muitos gestores imaginam. Quando os gestores estão abertos a ouvir e expor opiniões e pontuações sobre a rotina de trabalho, cria-se um ambiente saudável. Para isso, é necessário treinar não somente as equipes, mas também os líderes. Assim, o feedback acontece de maneira horizontal, e não vertical.
Essas dicas o ajudaram a entender como começar a implantar a cultura do feedback? Aproveite para compartilhar este post nas suas redes sociais e ajude outros gestores e profissionais!
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