O fim de ano chegou e com ele, os eventos corporativos. As organizações buscam passar nestes eventos mensagens para os colaboradores, seja em relação a metas, resultados, motivação, novos desafios, integração ou lançamentos de produtos ou serviços. Existem vários modelos para essas realizações e nem todas têm o exclusivo intuito de comemoração.
Festas de fim de ano criam uma expectativa muito grande nos funcionários. A maioria das empresas que fazem este tipo de evento, os faz todo o ano. O maior desafio é surpreender os profissionais com o mesmo investimento financeiro de anos anteriores. Para inovar nesse sentido, se faz necessário trabalhar com elementos surpresas e com o encantamento dos colaboradores. “Criamos um ambiente de união com uma ação que se chamava ‘entrelaçados’ e todo mundo entrelaçado remete a uma corda mais forte. Então, o evento era decorado com lycra, tecidos, cordas e tinha performances artísticas de pessoas se entrelaçando e formando objetos”, exemplifica João Paulo Filomeno, sócio-diretor da Sallêro Marketing de Performance. João Paulo afirma que toda essa amarração de elementos com o conceito encanta os participantes.
Em casos de festas temáticas, o risco de não agradar a todos colaboradores é grande. “Inicialmente, fizemos um hotsite onde as pessoas poderiam escolher o que gostariam no evento: música ao vivo ou eletrônica, festa comum ou temática, por exemplo. Para agradar muita gente, não é fácil, sem cair no óbvio”, relata Luciana Furtado, diretora de atendimento da Mind, agência especializada em eventos corporativos. Ela diz que é muito importante conhecer a cultura da empresa para oferecer algo inovador e diferenciado, mas que todos gostem.
O segredo é aproveitar a oportunidade, onde a empresa está investindo um valor significante, para passar uma mensagem positiva. Luciana conta que, no ano passado, fez um evento onde o contexto era a fusão de duas empresas. “Então, existiam culturas diferentes e tivemos que tomar este cuidado: neste caso, o interessante foi aproveitar a festa de fim de ano para criar um formato ou ações que permitiram que as pessoas se conhecessem e encontrassem pontos de afinidade”, destaca.
Todo evento para o colaborador, naturalmente, tem menos verba do que eventos que geram negócios. O departamento que organiza a festa quase sempre tem um montante menor do que a área comercial, pois quando é algo que se destina ao cliente, o retorno financeiro é imediato. Consequentemente, uma festa desta natureza é mais vista como uma despesa do que como um investimento. Para Luciana, de qualquer maneira, as festas são muito importantes porque premiam a dedicação dos funcionários durante todo o ano e motiva para o ano seguinte. “Para surpreender nesses momentos, é preciso carinho em preparar uma festa para o perfil adequado às pessoas da organização. É necessário cuidado para não ir apenas pela cabeça e ordens da diretoria, aprovar um formato de realização sem pensar, sendo que muitos podem não se identificar com aquilo”, observa.
NOVIDADES E INTERAÇÕES
Festas temáticas são muito comuns e, nem sempre, é possível agradar a todo mundo. Quando o RH está bem envolvido com o evento, a intenção é atingir positivamente o funcionário. Para isto existem várias interações ,que a cada ano se inova, principalmente para atender a este tipo de demanda.
Há máquinas de fotos instantâneas, atrações cênicas, decorações diferenciadas, serviços de caricatura, etc. De acordo com Marcelo PPanighel, desenhista e proprietário da Karicaturando
(www.karicaturando.com.br), que atua em festas deste tipo, a caricatura, além de uma lembrança interessante – porque nas folhas já vem a logomarca impressa e o nome da ação -, é entretenimento puro. “A reação é sempre de surpresa, formam-se filas e aquele grupo denso de pessoas atentas para a produção das caricaturas. Conseguimos, na festa, fazer um departamento inteiro juntos, na mesma folha, e isso fica como uma recordação bacana até para o dia a dia de trabalho.