Empresas e líderes que têm dificuldade em alterar sua forma de pensar e ainda estão reticentes com as bruscas mudanças trazidas pelos avanços da tecnologia e pela nova geração precisam se render ou morrerão pelo caminho. A opinião é do educador e especialista em orientação profissional, Maurício Sampaio.
De acordo com o profissional, muitas organizações ainda não enxergaram que para sobreviver nesta nova era, é preciso contar com quem entende do novo jogo, independente da experiência. E para isso, ninguém melhor que a nova geração, que nasceu plugada, com acesso a mais informações e conexões com o mundo.
“Se a nova ordem do jogo corporativo é inovar, se conectar, estar ligado no mundo em tempo real, então não existe outra saída: empresas, líderes e gestores terão que aprender a lidar com as forças das novas gerações e a tecnologia presente. Terão que se render à velocidade, à agilidade e ao excesso de motivação”, afirma Sampaio.
Anualmente revistas especializadas do exterior divulgam um ranking das empresas mais requisitadas pelos jovens, aquelas que são amadas e seguidas por todos. São os ambientes do sonho de qualquer novato, que busca não somente o sucesso, mas a realização profissional e pessoal.
Nos últimos anos, as mesmas corporações estão no topo: Google, Facebook, Apple, Nike, entre outras. “Para os estudantes de marketing, o conceito de Benchmarking cai por água abaixo. Isso porque não é possível somente copiar uma estrutura, uma imagem ou estratégia, é preciso aceitar mudanças. É necessária uma nova forma de pensar e agir.”
Mas quem são eles?
O grande desafio está em descobrir quem são esses jovens e novos jogadores corporativos, quais suas características, como pensam, como se relacionam e até como constroem os novos conhecimentos e encaram os desafios.
“Empresas e líderes ainda não descobriram que é possível obter forças durante o jogo da competitividade, assim como se faz em um jogo de vídeo game para se manter forte e conquistar resultados. É preciso estar atento aos detalhes. Muitos gestores estão buscando somente o resultado final, passar de fase, mas ainda não conseguem chegar ao topo, pois desconhecem as forças que podem obter pelo caminho. Elas podem estar no próprio jogador, na sua forma de pensar de agir, na sua maneira de liderar e ser liderado, no seu sistema de ensinar e aprender”, diz o educador.
Para que uma empresa sobreviva nesta nova era e passe a ser desejada, é preciso aprender com quem já entendeu o jogo. “E, nesse caso, realmente é necessário se render aos mais jovens, às novas gerações”, completa Sampaio.