Otimização de processos é meta das companhias para os próximos 12 meses, mostra pesquisa da Regus
Enquanto os países desenvolvidos estão mais otimistas, os empresários de economias emergentes, incluindo os brasileiros, estão menos confiantes nos negócios do que há seis meses. É o que mostra a 9ª edição do Índice Global de Confiança Comercial, estudo realizado semestralmente pela Regus, empresa líder mundial em espaços flexíveis de trabalho. O resultado do levantamento reflete a desaceleração em países como Brasil, China e Índia e a gradativa recuperação de mercados maduros como os da Europa e os Estados Unidos. Para contornar as dificuldades, as companhias planejam investir na redução de custos e otimização de processos.
Entre abril e outubro de 2013, o nível de confiança dos países emergentes caiu 9 pontos, de 126 para 117. Já o das economias desenvolvidas aumentou de 104 para 109 pontos. Com isso, diminuiu a diferença entre os dois grupos, que vinha sendo alimentada pelo acelerado crescimento de determinadas regiões e a crise enfrentada por outras. Ao todo, mais de 20 mil empresários de aproximadamente 100 países foram ouvidos. No Brasil, quase 600 profissionais participaram do estudo, feito pela empresa internacional de pesquisa MindMetre com base no banco de dados da Regus.
O nível de confiança dos empresários brasileiros declinou 7 pontos, de 136 para 129. No México, a redução foi ainda maior: de 135 para 111 pontos (-24). Na África do Sul, passou de 121 para 114 (-7) pontos. Na China, a queda foi bem menor: de 123 para 121 pontos (-2). A média global acabou influenciada por essa queda de confiança nos países emergentes e passou de 114 para 113.
Tanto nos países emergentes como nos desenvolvidos, a pesquisa mostra que as empresas buscam mais eficiência nos processos para continuar crescendo. Cortar gastos com a manutenção de espaços fixos – e ociosos – de trabalho (43%) e melhorar a retenção de talentos (32%) com a adoção de práticas como o trabalho flexível estão entre as ações prioritárias dos empresários brasileiros para os próximos 12 meses. A troca de viagens pelo uso de teleconferência (11%) e a busca de serviços mais baratos de telefonia e internet (59%) também estão nos planos dos entrevistados.
Apesar da queda no índice de confiança, a maioria dos brasileiros entrevistados (42%) acredita que a economia do país voltará a avançar no primeiro semestre de 2014. Outros 28% são mais pessimistas: avaliam que não haverá recuperação até a segunda metade do ano que vem.
“Ao otimizarem seus processos, as empresas podem tirar o máximo proveito de seus ativos sem comprometer os planos de expansão”, afirma Hernán Saucedo, diretor-geral da Regus no Brasil. “Muitos de nossos clientes nos procuraram justamente para cortar custos com a manutenção de sedes próprias”, acrescenta.