Gerir com sustentabilidade pode ser caracterizado como algo necessário às empresas nos dias de hoje e os profissionais devem se preocupar em garantir uma qualidade de vida melhor, além de promover ações socialmente corretas, com foco no crescimento das pessoas. A responsabilidade social se tornou uma exigência do mercado, e, cada vez mais, tanto os funcionários, como as organizações, terão de se inserir neste contexto.
Existem dois aspectos extremamente importantes: a figura do líder com disposição de investir seu tempo e sua energia na mudança radical de paradigmas; acreditar que as pessoas são muito mais importantes do que qualquer outra coisa na empresa. Este é o grande desafio para qualquer organização que deseja perdurar no mercado.
O papel de líder não vem, necessariamente, do cargo de gestor, mas sim das pessoas que assumem a responsabilidade em um momento de conflito ou crise e que são referência por ações, muito mais do que por salário ou discursos vazios. “Diante deste panorama, o líder sustentável é aquele que conquista seguidores para esta causa. Hoje, a sustentabilidade precisa ser trabalhada a partir das organizações e estes gestores, conscientes disto, podem tomar posição de vanguarda e de favorecimento do mercado a partir de ações totalmente necessárias, justas e éticas”, contextualiza Luiz Eduardo Loureiro, diretor da Monteiro Associados Consultoria Empresarial e especialista em gestão empresarial.
A liderança sustentável é o único caminho para a sobrevivência das organizações. Hoje, não respeitar a necessidade e a essência do ser humano é o maior risco que as corporações têm de se desconectarem da expectativa do consumidor. A sustentabilidade organizacional, partindo de um profissional com poder de decisão da empresa, torna este processo e compromisso muito mais fácil. “Emana do líder a paixão pela questão sustentável e o entendimento de que são ações necessárias e que farão a diferença para a empresa e, principalmente, para o mundo”, comenta Loureiro. Para ele, a área de Recursos Humanos das companhias deve entender sua função e a das pessoas no processo de mudança e tudo se conecta mais facilmente a partir da visão que vem muito além do resultado de curto prazo. “Surge de uma visão de futuro e do papel do homem na conservação do planeta, justiça social e no desenvolvimento da empresa perante a sociedade”, completa.
Muitas empresas já enxergam a sustentabilidade aliada à gestão como uma forma de redução de custos e de respeito à sociedade. “Organizações que ouvem seus consumidores estão sempre à frente. Tem companhias que julgam a reclamação como um problema quando, na verdade, é uma oportunidade de melhoria. Então, quem está prestando atenção no que o consumidor diz, tem maior chance e já apresenta diferencial”, opina Eduardo Cupaiolo, diretor da PeopleSidee do The Coaching Office Company, consultorias com foco na orientação de empresários e executivos e no desenvolvimento do lado humano das organizações.
Atitudes e competências
A sociedade demanda profissionais com audácia de fazer diferente. Executar tarefas com redução de custos e atender melhor o consumidor é consequência de melhor prestação de serviços. É uma questão de se tornar uma empresa diferente em um mundo diferente.
“O mais difícil é quando existem pessoas com pensamento sustentável, porém a cultura da empresa acaba minando este tipo de atitude dos colaboradores. As barreiras são muito grandes e o profissional acaba se desmotivando neste propósito. É fundamental cultivar pessoas motivadas para produzir com excelência e qualidade”, finaliza Cupaiolo.
