O último dia 3 de junho foi dedicado a todos os profissionais de Recursos Humanos, esta data foi oficializada em 1976 quando foi fundada a World Federation of People Managemente Associations – WFPMA, onde realizaram uma homenagem aos profissionais de RH. No Brasil, o fundador da extinta Associação Paulista de Administração de Pessoal – hoje ABRH-SP –, Genézio Lucone, foi quem oficializou a data.
O cenário do mercado de trabalho de RH está em constante evolução, sendo que, o profissional vem ganhando maior destaque dentro das organizações. Segundo Rubia Martins, analista de RH da VoxAge, desenvolvedora e fornecedora brasileira de soluções multicanal de relacionamento com o cliente, a área de RH tem sido mais valorizada nas empresas e também tem ampliado seu escopo.
“Se antes RH e Departamento Pessoal eram a mesma coisa, hoje em dia, gradativamente, as empresas e os colaboradores tem percebido a divisão das atribuições de cada um. Desta forma, hoje no Brasil, temos cada vez mais áreas de RH pensando no desenvolvimento e capacitação dos colaboradores, ao invés de somente controlar férias e benefícios”, explica a analista.
Quais são as lacunas da profissão vividas atualmente?
De acordo com Carla Rossi, Diretora de Recursos Humanos da Service IT, integradora multinacional de origem brasileira, as empresas buscam profissionais com grande experiência e que conheçam todos os subsistemas de Recursos Humanos, embora no desenvolvimento da carreira o profissional se especialize em um ou mais subsistemas, deixando de lado a parte mais operacional da atividade (como Administração de Pessoal, Folha de Pagamento e Benefícios).
“Com isto, temos profissionais especializados em determinado segmento, e poucos são os que possuem a formação e atuação completa na área. Existe sim uma lacuna na formação destes profissionais, que nem sempre possuem a qualificação necessária em todas as frentes para ser um profissional completo”, ressalta Carla.
Já para Rubia Martins a lacuna principal é a aquisição da cultura organizacional necessária e adequada para que o RH possa desenvolver suas atividades de forma autônoma e estruturada. “Muitas empresas, apesar de perceberem a importância do RH e de seus projetos, não os prioriza – em detrimento de outros projetos, outros custos, outros orçamentos, e assim por diante. O RH precisa lutar bastante para conseguir seu espaço”, enfatiza a profissional.
Quem é o profissional de RH do futuro?
Para Rubia antigamente, o profissional de RH era administrador de empresas. Hoje, são também pedagogos e psicólogos na área. “Ao longo do tempo, veio a necessidade de profissionais capazes de entender e analisar o funcionamento do comportamento humano – e não só conhecimentos técnicos de CLT e folha de pagamento”, explica.
Além disso, existe ainda uma maioria do sexo feminino, mas muitos homens já vem fazendo parte da área nos últimos anos. “Outro ponto importante é que, atualmente, o profissional de RH precisa conhecer alguns aspectos técnicos da empresa onde atua (por exemplo, uma empresa de Tecnologia), para ser capaz de entender o ambiente e as pessoas que ali trabalham. O profissional de RH precisa conhecer um pouquinho de tudo, absorvendo conhecimentos de diversas áreas, para saber quem é seu público”, enfatiza a analista.
O profissional de RH do futuro deve estar atento às tendências da área como a presença massiva de tecnologia em suas operações, o engajamento de pessoas e utilização de ferramentas em nuvem. “Ter criatividade para buscar opções, não só para atração, desenvolvimento e retenção das pessoas, mas também saber como ser um parceiro de negócios dentro da empresa, é fundamental para o sucesso da área”, conclui Carla Rossi.
Confira a série RH do Futuro e descubra as novas exigências do mercado!