Muitos empreendedores jogam a toalha após a primeira decisão errada, achando que o êxito de seu negócio estará comprometido e fadado ao fracasso. Entretanto, trocar os pés pelas mãos – principalmente quando se está começando – faz parte do processo de empreender.
Quem decide se tornar um empreendedor e gerenciar a própria empresa deve saber de antemão que as falhas existem e farão parte da sua nova rotina, mas não há motivos para o desespero: longe de ser um problema, elas ajudarão no caminho ao êxito.
“Muitos empreendedores de primeira viagem começam um negócio que não dá certo, e acabam desistindo de empreender justamente no momento que estavam mais perto do sucesso. A resiliência e a capacidade são os principais fatores que diferenciam um empreendedor de sucesso no mercado”, comenta João Cristofolini, empreendedor de 25 anos e autor do livro O que a escola não ensina.
Segundo ele, o fracasso deve ser entendido como uma fase a ser superada, que servirá de aprendizado para quem persistir e seguir trabalhando. “O fracasso é nosso maior professor, a escola da vida é a nossa maior escola. O empreendedor precisa entender que o fracasso o torna muito mais competitivo para começar uma nova etapa”, explica.
No Brasil, ‘falhar’ ainda é algo visto com maus olhos, mas o fato de o empreendedor já ter tido experiências adversas é uma vantagem competitiva e não o contrário, como afirma Cristofolini: “Quando um investidor vai avaliar dois candidatos a investimento com propostas de negócios similares, onde um já teve a oportunidade de fracassar em dois negócios, por exemplo, e o outro que nunca empreendeu qual você acha que estará mais preparado?”.
Recomeçando de onde errou
Para Cristofolini, no mundo dos negócios existe uma grande diferença entre fracassar e perder tudo. “Um empreendedor nunca irá perder tudo, muito pelo contrário, ele ganhará cada vez mais e estará mais preparado para retomar seu empreendimento, desde que mantenha sua reputação, relacionamentos, valores e princípios. Se perder isso, aí sim terá perdido tudo”.
Para quem fracassou e quer se reerguer Cristofolini deixa a dica: mantenha sempre a inteligência emocional e encare o fato como algo totalmente natural no caminho. “É importante a pessoa ter em mente que o negócio fracassou, não ela como empreendedora, e seguir em frente”, conclui.